Servidores de Minas prometem cruzar os braços por 13º
Governo garante definição na quartafeira, mas funcionários do estado já estão organizando paralisações
Enquanto a escala de pagamento do 13º salário segue como um mistério para os servidores do estado, vários setores do funcionalismo se movimentam para pressionar o governo a pagar a remuneração de fim de ano ainda em 2018. Na última sexta-feira, uma reunião marcada para tratar sobre o assunto foi cancelada na última hora, e uma nova rodada de conversas está agendada para acontecer na quarta-feira.
Segundo a SEF (Secretaria de Estado de Fazenda), o estado não teve condições de concluir os estudos financeiros de fluxo de caixa, o que acabou adiando a definição. Assim que o encontro entre os representantes dos servidores e o go- verno foi cancelado, várias categorias do funcionalismo começaram a se mobilizar. Nesta semana, o Sindipúblicos-MG (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público) prometeu paralisar os serviços administrativos do estado. Segundo o diretor político do sindicato, Geraldo Henrique, setores como educação, segurança e as Secretarias de Estado devem ser afetados. “A previsão é que comecemos na terça-feira. Temos uma base de 30 mil servidores que estão se mobilizando conosco pelas redes sociais desde que o governo anunciou que não vai se reunir conosco”, disse.
Na última sexta- feira, os servidores do Sistema Estadual de Saúde realiza- ram um protesto na Praça da Liberdade para exigir do governo um posicionamento referente ao pagamento do 13 º salário. A categoria está de greve desde quinta- feira, e também exige a antecipação de uma parcela do salário referente a novembro.
No ano passado, o 13º salário dos servidores foi parcelado em quatro vezes e só foi quitado em 2018. A exceção ficou por conta dos funcionários da Saúde e da Segurança Pública, que tiveram o vencimento dividido em duas vezes. Neste ano, membros do governo já admitiram a possibilidade de que o processo seja repetido devido a dificuldade financeira pela qual passa o estado.