Metro Brasil (Belo Horizonte)

Bolsonaro descarta pena de morte no país

Presidente eleito encerrou o assunto após seu filho, Eduardo Bolsonaro, defender o tema em entrevista

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O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) foi ao Twitter ontem para declarar que a pena de morte não será debatida de forma alguma em seu governo. A declaração foi dada após entrevista de seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao jornal “O Globo”, na qual o assunto foi mencionado.

Na entrevista, Eduardo Bolsonaro defende a pena de morte em casos de crime hediondo e chega a sugerir a realização de um plebiscito ou referendo para consultar a opinião da população sobre o tema.

A proposta, segundo ele, seria estabelece­r a medida para crimes hediondos e tráfico de drogas, aos moldes do sistema adotado na Indonésia, que já executou dois brasileiro­s por tráfico.

“Além de tratar-se de cláusula pétrea da Constituiç­ão, não fez parte de minha campanha. Assunto encerrado antes que tornem isso um dos escarcéus propositai­s diários”, escreveu Jair Bolsonaro.

Cláusula pétrea

No artigo 5º, a Constituiç­ão Federal brasileira, uma das cláusulas pétreas do texto – portanto, imutáveis – estabelece que não haverá pena de morte no país.

O texto constituci­onal, todavia, traz uma exceção: apenas em casos de guerra declarada. “Por que não coloca outra exceção para crimes hediondos?”, foi o que defendeu Eduardo Bolsonaro ao “Globo”.

“Não está em nosso plano. Enquanto eu for presidente, da minha parte, não teremos esta agenda”

JAIR BOLSONARO, SOBRE PENA DE MORTE

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| BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS Presidente eleito contradiss­e o filho, Eduardo Bolsonaro

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