Metro Brasil (Belo Horizonte)

21NOMES Nomes já presentes

Inscrição. Após processos burocrátic­os, 21 brasileiro­s se somam aos 30 nomes já presentes no Livro de Heróis

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A pernambuca­na Bárbara Pereira de Alencar (1760-1832) foi uma mulher à frente do seu tempo, queria a independên­cia de Portugal e jogar o Brasil no futuro. Curiosamen­te, porém, sua inscrição no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria foi a de processo mais lento. Nome aprovado ainda em 2014, só agora ela será de fato inscrita nas lâminas de aço que compõem o livro em exposição permanente no Panteão da Pátria (Praça dos Três Poderes, em Brasília).

Além dela, outros 20 nomes se somarão ao chamado Livro de Aço. A inscrição foi feita ontem em uma cerimônia no próprio Panteão.

Livro dos heróis

Inaugurado em 1985, o Panteão da Pátria ganhou seu primeiro herói, Tiradentes, em 1989, mas a inclusão era ainda mais lenta àquela época. A partir de 2003, com a inscrição do Duque de Caxias (5º), o livro passou a ser atualizado com maior constância.

Atualmente com 10 páginas, feitas realmente de aço, a lista não recebia novas inscrições, entretanto, desde 2014, apresentan­do até ontem 30 nomes, o último deles de Joaquim Nabuco.

Para que o personagem faça parte do rol, é necessário que o Senado Federal e Câmara dos Deputados aprovem um projeto com pedido de inclusão e que essa lei seja aprovada nas casas.

É necessário também que tenham se passado 10 anos da morte. O nome mais novo na lista é do seringueir­o Chico Mendes (6º), nascido em 1944. O nome mais velho era de Zumbi dos Palmares (2º), 1655, mas a inclusão de Clara Camarão (34º), que já era viva em 1623, lhe dá o posto.

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TO ZUZU ANGE ITU L ST IN O/ Ã Ç A G L U V I D DIA IPE IK W O/ Ã Ç U D O R P E R Zuzu Angel. Estilista que lutou na Ditadura Militar para reaver o corpo de seu filho desapareci­do e foi perseguida por isso.
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R AB O/ NT E M CI S A N A N A DIA IPE IK W O/ Ã Ç U D O R P E R Leonel Brizola. Político gaúcho que organizou a resistênci­a à deposição de João Goulart pela ditadura militar em 1964.
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AL RI E P M I U E S U M / O Ã Ç U D O R P RE Maestro Antônio Carlos Gomes. Autor da ópera “O Guarani”, inspirada no livro de José de Alencar, foi notável compositor.
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MARCADO PAR A A BR MO CA RR ” O/ ER Ã ” Ç A G L U V I D João Pedro Teixeira. Sindicalis­ta rural paraibano assassinad­o em 1962 e retratado no filme “Cabra marcado para morrer” (1984, foto)
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REP RO DU ÇÃ O / W I K P E D I A Visconde de São Leopoldo. Grande defensor da criação de universida­des no Brasil ainda nos tempos de colonialis­mo.
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R EP R O D U Ç Ã O Sóror Joana Angélica de Jesus. Religiosa baiana assassinad­a na defesa do Convento da Lapa, em Salvador, em 1822.
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REP RO DU ÇÃ O / W I K P E D I A Martim Soares Moreno. Navegador português que é tido como fundador do Ceará. Inspirou José de Alencar a escrever Iracema.
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M UI Q A O J O Ã M R I O L I S A / O Ã Ç U D O PR RE Irmão Joaquim. Religioso franciscan­o do século 18 que fundou casas de assistênci­a e hospitais em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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TSE / AL AR M A EL U N A M E Clara Camarão. Indígena potiguara, foi líder de um pelotão feminino durante as invasões holandesas em Recife em 1623.
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O / W I K P E D I A ?? Luiz Gama. Importante líder abolicioni­sta, foi um dos primeiros advogados negros do Brasil. Soltou legalmente 500 escravos.
REP RO DU ÇÃ O / W I K P E D I A Luiz Gama. Importante líder abolicioni­sta, foi um dos primeiros advogados negros do Brasil. Soltou legalmente 500 escravos.
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R ?? Francisco do Nascimento. Conhecido como Dragão do Mar, o cearense foi líder dos jangadeiro­s nas lutas abolicioni­stas.
DIA IPE IK W O/ Ã Ç U D O R P E R Francisco do Nascimento. Conhecido como Dragão do Mar, o cearense foi líder dos jangadeiro­s nas lutas abolicioni­stas.
 ?? A I D E P I K W / O Ã Ç U D O R P E R ?? Maria Felipa. Liderou um grupo de cerca de 200 mulheres negras e indígenas nas guerras de independên­cia na Bahia em 1822.
A I D E P I K W / O Ã Ç U D O R P E R Maria Felipa. Liderou um grupo de cerca de 200 mulheres negras e indígenas nas guerras de independên­cia na Bahia em 1822.
 ??  ?? Machado de Assis. Autor de “Dom Casmurro” e “Memórias Póstrumas de Brás Cubas”, criou a Academia Brasileira de Letras.
Machado de Assis. Autor de “Dom Casmurro” e “Memórias Póstrumas de Brás Cubas”, criou a Academia Brasileira de Letras.
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RE PR O D U Ç Ã O / E X É R C I T O B R A SI LE IR O Marechal Rondon. Militar e sertanista, foi líder de expedições desbravado­ras no oeste e fundador do Serviço de Proteção ao Índio.
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O / W I K P E D I A ?? Maria Quitéria de Jesus Medeiros. Sob disfarce, foi a primeira mulher a fazer parte do Exército Brasileiro, em 1823.
REP RO DU ÇÃ O / W I K P E D I A Maria Quitéria de Jesus Medeiros. Sob disfarce, foi a primeira mulher a fazer parte do Exército Brasileiro, em 1823.
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ES RA AR EL U G I M O T U T I S N I / O Ã Ç A LG VU DI Miguel Arraes. Figura central da esquerda brasileira, foi perseguido pela ditadura militar e lutou pela redemocrat­ização.
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Ç Ã O /S E N A D O ?? Euclides da Cunha. Jornalista autor de “Os Sertões” divulgou ao mundo com seu texto o massacre da Guerra de Canudos.
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 ?? R E P R O D U Ç Ã O / W I K P E D I A ?? Rui Barbosa. Político central do segundo império e da primeira República é pai do movimento abolicioni­sta no Brasil.
R E P R O D U Ç Ã O / W I K P E D I A Rui Barbosa. Político central do segundo império e da primeira República é pai do movimento abolicioni­sta no Brasil.
 ?? O IV AT R O M E M O C O L E S / O Ã Ç U D O PR RE ?? Bárbara Pereira de Alencar. Primeira presa política do país, apoiou a independên­cia e foi uma líder da Revolução Pernambuca­na.
O IV AT R O M E M O C O L E S / O Ã Ç U D O PR RE Bárbara Pereira de Alencar. Primeira presa política do país, apoiou a independên­cia e foi uma líder da Revolução Pernambuca­na.
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Jovita Feitosa. Assim como Maria Quitéria, se disfarçou de homem para integrar o exército. Foi proibida de lutar e se matou.
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BRUNO BUCIS

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