Maratonista brasileira sonha com o Vale da Morte
Uma ultramaratonista e recordista brasileira, moradora da Cidade de Deus, na zona oeste, busca patrocínio para correr seu novo desafio: uma prova de 217 km numa área deserta na Califórnia, nos Estados Unidos, em julho do ano que vem. A maratonista Ana Luiza Faria Matos, 41 anos, planeja correr dois dias seguidos sem parar. A fórmula? Concentração, disciplina, foco, treino e muita força de vontade.
Em novembro, ela participou de uma corrida de 366 km em Passa Quatro (MG) e garantiu um troféu, o recorde brasileiro e uma vaga na lista das dez melhores atletas do mundo, segundo o ranking do site Ultramarathon Statistics. “Desde o início da preparação, a gente já buscava bater o recorde da prova feminina. Mas eu estava tão bem que bati o masculino”, conta Ana Luiza.
Agora, com alto índice de pontuações, ela se prepara para correr um novo desafio: a Badwater 135, de 217 km. O percurso é menor do que o anterior, mas o local da prova fica em uma área desértica no leste da Califórnia, no Death Valley (vale da morte), onde a temperatura pode chegar a 60o C.
“Eu me dou muito melhor no calor do que no frio. E você precisa também estar
querendo muito. Em outras provas, eu me preparei também mentalmente. E vou estar forte. Quanto mais rápido eu for, mais rápido termina: o que parece um sofrimento para os outros, para mim vai ser o maior prazer”, diz ela.
Ajuda financeira
No entanto, para o sonho ser realizado, a maratonista precisa de patrocínio de 20 mil dólares, para poder viajar e levar toda a equipe de apoio, que conta com quatro profissionais. “Eu quero ser pódio”, diz Ana, confiante.
“Eu me dou muito melhor no calor do que no frio. Eu vou estar forte. Quanto mais rápido eu for, mais rápido termina: o que parece um sofrimento para os outros, para mim vai ser o maior prazer.”