Far Cry 6 expande receita de sucesso da franquia de FPS
Quem conhece os jogos da franquia “Far Cry” já sabe o que esperar de “Far Cry 6”, lançado neste mês para PC, PS5, PS4, Xbox Series X|S e Xbox One (R$ 260): muita ação, caos, destruição e bom humor. Na nova aventura, porém, a desenvolvedora Ubisoft dá um passo a frente, com tantas opções de customização e atividades extras que o jogador acaba até se distraindo do objetivo principal.
A história se passa em Yara, uma ilha fictícia repleta de belíssimos cenários e uma vasta área a ser explorada. Seus moradores são oprimidos por uma ditadura fascista comandada por Antón Castillo, “El Presidente”, representado pelo ator Giancarlo Esposito – o inesquecível vilão Gus Fring na série “Breaking Bad”. Aqui, ele também é o personagem que amamos odiar, escravizando a população para produzir um remédio, explorando as riquezas naturais e assassinando quem ousar cruzar o seu caminho.
Ao jogador, cabe encarnar Dani Rojas, dissidente do exército de Yara e que passa a lutar pela liberdade da ilha e de seus moradores – é possível escolher o gênero da personagem sem afetar o rumo da trama. Ao se juntar ao movimento de guerrilha “Libertad”, Dani encara soldados militares para conquistar terrenos, se aproximar do temeroso ditador e eliminá-lo.
Equilibrando tudo isso, o alívio cômico constante serve como lembrete de que se trata de um “Far Cry” – mesmo que muitas vezes apele ao retratar a cultura latinoamericana pela caricata ótica estadunidense. O jogo também permeia diversas discussões políticas, seja sobre a sede ao pote dos mais poderosos ou a constante luta por direitos da comunidade LGBT+.
Apesar de não acertar em cheio em tudo o que se propõe, “Far Cry 6” entrega uma experiência capaz de divertir por dezenas de horas – ou até que se dê por satisfeito com o interminável progresso.