O Dia

Ministro considera eleição deste ano ‘experiment­o’

Empresas estão proibidas de fazer doação

- Brasília

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, afirmou ontem que a proibição do financiame­nto privado para as campanhas sem mudança no sistema eleitoral foi um “salto no escuro”. Para Mendes, a eleição municipal deste ano é um “experiment­o institucio­nal”, diante do impacto da Lava Jato no sistema político do país.

A eleição de 2 de outubro será a primeira em que a doação empresaria­l para candidatos e partidos está proibida. A nova legislação estabelece que somente pessoas físicas doem dinheiro ou valores estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, limitando-se a 10% dos rendimento­s brutos do doador no ano anterior à eleição. Também é liberado o uso do fundo partidário.

O receio de especialis­tas é de que seja montado um esquema de “cooptação de CPFs”, para mascarar doações. Um dos principais desafios, segundo Gilmar Mendes, é fiscalizar quem são os doadores pessoa física para saber se têm condições de repassar a quantia declarada aos candidatos.

Dados divulgados ontem pelo TSE apontam que cerca de 144 milhões de brasileiro­s estão aptos para votar em 5.568 cidades. São Paulo é a que possui o maior número de eleitores: 8.886.324. Já o menor eleitorado está em Araguainha, no Mato Grosso, com 954 eleitores _ 30 a mais do que em 2012.

Do total de eleitores, a maioria (52,21%) é mulher. (75,2 milhões). Em todo o país, 2.311.120 eleitores têm de 16 a 17 anos e 11.352.863 tem mais de 70 anos. Para esse eleitorado, o voto é facultativ­o. Segundo os dados do tribunal, 92 municípios poderão ter segundo turno, já que possuem mais de 200 mil eleitores.

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