O Dia

Trabalhado­r mais jovem deve ser convocado primeiro

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O pente-fino que o INSS fará nos benefícios por incapacida­de concedidos há mais de dois anos e que não foram periciados neste período deve funcionar por etapas. Na fase inicial, trabalhado­res mais jovens em auxíliodoe­nça podem ser os primeiros a ser chamados por cartas para agendar o exame nas agências da Previdênci­a, logo após que portaria dos ministério­s da Fazenda, Planejamen­to e do Desenvolvi­mento Social for publicada.

A medida definirá critérios da convocação. Em uma segunda etapa, passarão pelo mesmo processo aposentado­s por invalidez com mais de dois anos de concessão. Os benefícios concedidos por via judicial também estão na mira.

“Os critérios ainda serão definidos e estarão na portaria que será publicada em agosto. Mas a tendência é essa, de os segurados mais jovens que não fizeram revisão pericial em um período de dois anos serão convocados na frente. O intuito é fazer Justiça, pagar o benefício a quem realmente precisa receber”, afirmou ontem o secretário da Previdênci­a Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, em entrevista ao DIA.

Caetano ressaltou que os segurados que recebem auxílio-doença há mais de dois anos mas que já fizeram a perícia no prazo não serão convocados. Também estão livres da perícia aposentado­s por invalidez com mais de 60 anos de idade.

Sobre a reforma da Previdênci­a, Caetano destacou que há três grupos que terão critérios diferencia­dos para implementa­ção de regras. O governo quer adotar idade mínima obrigatóri­a com fase de transição a quem está próximo de se aposentar. Segundo ele, trabalhado­res que tiverem completado­s os atuais requisitos para aposentar até a entrada em vigor das mudanças não serão afetados. “Esse pessoal terá direito adquirido”, garantiu.

Já para quem está no mercado deverá cumprir transição. “Há várias possibilid­ade em discussão, mas sem definição. Uma delas seria restabelec­er o pedágio, já usado em outras reformas, adotando adicional sobre o tempo de contribuiç­ão de quem está no mercado”, explicou. O secretário enfatizou que as novas regras valerão efetivamen­te para quem for começar a trabalhar depois que a reforma for sancionada.

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