Atleta da Nova Zelândia diz que foi sequestrado por policiais no Rio.
Lutador de jiu-jítsu diz que foi atacadona Rodovia Washington Luís e acusa policiais fardados de ameaça e extorsão
ACorregedoria da Polícia Militar abriu um inquérito para apurara possível participação de agentes da PM no suposto sequestro-relâmpago do lutador de jiu-jíts une oz elândes Jason ‘Jay’ Lee, 27 anos, ocorridona noite do último sábado. Segundoatleta no Twitter, “homens fardados” o teriam obrigado a sacar dinheiro em caixas eletrônicos, após abordá-lo em uma blitz na Rodovia Washington Luís, na altura de Duque de Caxias, Baixada Fluminense.
Lee, que dirigia um carro alugado, não apontou se os suspeitos trajavam fardas da Polícia Militar ou da Polícia Rodoviária Federal — esta última, única responsáveis por aplicar multas a motoristas que trafegam na via. Na postagem, escreveu, em em tom irônico, logo após depoimento na Polícia Civil: “O que vocês fizeram ontem? Eu fui sequestrado!”, seguido do grito de torcida “Go Olympics” e da hashtag “#Rio 2016”. O jiu jitsu não é um esporte olímpico.
O lutador, que está no Brasil há nove meses, disse ao portal de notícias ‘Stuff’ que policiais em motocicletas o pararam e, quando perceberam que era estrangeiro, alegaramque e lenão poderia dirigir sem o passaporte. Depois,informaram que ele precisaria realizar saque sou serialeva dopara a Polícia Federal. No total, contou, R $2 mil foram retirados em dois caixas eletrônicos distintos, em um intervalo de 20 minutos.
Uma equipe da1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar foi até a casado atleta, no final da tarde de ontem, para pegar informações sobre ocaso.A ação deixouLeea preensivo e o fez entrarem contato coma Embaixada da Nova Zelândia. Novamente, pela rede social, o atleta escreveu sobre o fato. “Polícia Militar apareceu no meu apartamentos em avisar. Eu não deixei que eles entrassem, liguei para minha embaixada e estou esperando a Polícia Civil.”
Ainda nervoso, disse em seguida: “Trancado em meu apartamento aguardando aconselhamento do embaixador da Nova Zelândia. A Polícia Militar acaba de ir embora. Aguardando achegada da Polícia Civil”. A PM disse que foi ao local colher informações para identificar os agentes, que seriam do 15ªBPM (Duque de Caxias).
A Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, onde o caso foi registrado, informou que realmente o atleta dirigia sem passaporte, mas o documento não é necessário para a locomoção. Inspetores ouvidos pelo DIA afirmaram que devem tratar o caso como extorsão e não sequestro-relâmpago. Imagens das câmeras de dois bancos, onde os saques foram realizados, já foram solicitadas e devem ser entregues hoje à Polícia Civil. A Embaixada na Nova Zelândia disse que acompanha o caso.