Jogo Pokémon GO quebra privacidade de internautas.
Jogo, previsto para ser liberado no Brasil domingo, avisa quepo demandar dados do usuário ao governo
Se você está se preparando para o lançamento no Brasil do Pokémon GO — especula-se que seja no próximo domingo —, saiba que o jogo exige muito maisque um aparelho robusto, baterias reservas e sol ade sapato. Está no Termo de Serviço do aplicativo — aquele textão que ninguém lê e diz que aceita: a mais nova febre mundo afora pode mandar tudo o que você digita, capta e fotografa, incluindo sua casa, para a CIA e a NSA—aquelado escândalo da arapongagem.
No contrato, a empresa afirma que coopera com agências governamentais e com companhias privadas, eque as informações coletadas no jogo podem ser fornecidas. “Os pais de crianças com menos de 13 anos entendem e concordam que podemos prover informações coletadas pelos serviços ”, diz o regulamento. Contudo, isso nãoé novidade. Aplicativos, a pesardes erem oferecidos gratuitamente aos usuários, têm custos com os quais precisam arcar. “Eles vivem de anúncios ou da venda dedados para agências e empresas ”, explica o segurança da informação Rei naldo de Medeiros, da Contacta.
A diferença, no caso do Pokémon GO, envolve do islados da mesma moeda—o acesso à câmera do celular dentro do apartamento do usuário. O fundador do jogo, John Hanke, também criou a Keyhole, comprada pelo Googlee responsável pelo mapeamento de superfícies que deu origem a Google Maps, Google Earth e Street View. E a Keyhole foi patrocinada por empresa criada pela CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos. Nos últimos dias, a suposta teoria da conspiração envolvendo o fornecimento dedados gerou milhares de compartilhamentos.
TUDO ESTÁ ACESSÍVEL
Isso porque, ao permitira instalação do jogo, apessoa libera o acesso doappà localização via GPS, àcâmera, ao microfone e até o US B do aparelho, e, quando a diversão começa, os três primeiros bichinhos aparecem lo gode cara em locais próximos. Comisso, o jogador aponta a câmera na própria casa — informação que, cruzada com o GPS e outros dados, levaria as empresas do“to poda conspiração” ater um mapeamento não só de ruas, como também de dentro de residências.
O jogo usa os conceitos de realidade aumentada par afazer com que o usuário saia por aí atrás de pokémons. A Niantic estabelece pontos, ou ‘spots’ — uma banca de jornal, uma estátua, um grafite num muro — onde há monstrinhos ou acessórios, como as pokébolas necessárias para capturá-los. A brincadeira não seres umeà caça. O‘tre in ador’ éo brigado a aderira um dos três times disponíveis e, em ‘ginásios’ (também spots’) travam batalhas para pegar o pokémon alheio.