Centrais são contra reformas trabalhista e previdenciária
As principais centrais sindicais se reuniram ontem, em São Paulo, e aprovaram documento contrário às propostas do presidente interino Michel Temer (PMDB) para alterar direitos trabalhistas e pontos da reforma da Previdência. Os sindicalistas não querem, sobretudo, criação de idade mínima para aposentadoria — que fixa em 65 anos para homens e mulheres darem entrada no benefício —e o avanço da lei de terceirização. Além das questões trabalhistas e previdenciárias, os sindicalistas pediram a redução da taxa de juros e da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem diminuição de salário.
De acordo com a agência Estadão Conteúdo, o encontro discutiu formas para aumentar a criação de empregos e contou com a participação dos presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
“A nossa unidade surgiu pela necessidade de criação de empregos. Nós também fechamos unidade para que não se altere os direitos dos trabalhadores”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas. “Podemos chegar inclusive à greve se o governo retirar direitos”, diz.
“Na questão da Previdência, eu acho que é possível chegar a um acordo que resolva o problema do déficit sem alterar o direito daqueles que estão no mercado de trabalho. E na questão trabalhista não é hora do governo discutir esse assunto. Se o governo insistir nisso, ele vai ter problemas pela frente”, disse o deputado Paulinho (SD-SP), presidente da Força Sindical.