O Dia

‘Facekombi’ leva conectivid­ade às comunidade­s

Instrutore­s mostram como usar a plataforma para aumentar as vendas

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Caiu na rede, virou negócio. E para milhões de pessoas. Para que isso ocorra, o Facebook dá “uma mãozinha” para micro e pequenos empreended­ores de comunidade­s cariocas a atrair clientes e divulgar seu trabalho na rede social. Com 105 milhões de usuários no Brasil, a rede de Mark Zuckerberg é uma vitrine e tanto não só para pessoas, mas também para marcas, produtos e serviços. E nada melhor para incrementa­r os negócios como datas especiais quando o Rio fervilha de turistas, como os Jogos Olímpicos e Paralímpic­os de 2016.

Em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa), o Facebook criou uma Maratona de Empreended­orismo que conta com um laboratóri­o móvel, chamado de Facebook Kombi, para ensinar moradores de comunidade­s a utilizar melhor as ferramenta­s que podem ajudá-los a empreender e fazer crescer seus negócios.

Desde que foi criada, no final do ano passado, a “Facekombi” percorreu as favelas do Morro do Dendê, Chapadão, Vila Aliança, Cidade de Deus, Rocinha, Acari, Complexo da Pedreira, Vila Vintém, Vidigal e Complexo Alemão. Incentivou a economia criativa e mostrou o potencial da rede para gerar vendas e emprego.

Com aulas desenvolvi­das com a Universida­de Estácio de Sá, os instrutore­s ensinam as melhores práticas para alcançar resultados com a plataforma, assim como noções de privacidad­e e segurança para os empreended­ores.

Mais de dois mil microempre­sários em favelas foram treinados sobre como melhor usar a plataforma para aumentar as vendas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpic­os. O projeto continuará depois que as competiçõe­s acabarem. “Os Jogos são uma oportunida­de única de negócio para os pequenos empreended­ores encontrare­m resultados reais. E o Facebook é a melhor vitrine”, disse o diretor-geral para Pequenas e Médias Empresas do Facebook para América Latina, Patrick Hruby.

“Mesmo com todas as dificuldad­es do país, nunca se empreendeu tanto nas favelas como hoje. A parceria com o Facebook complement­a o desejo iminente dos favelados, compartilh­ando conhecimen­tos fundamenta­is e

No Brasil são 105 milhões de usuários na rede, entre eles três milhões são empreended­ores

ferramenta­s indispensá­veis para o sucesso dos seus negócios”, afirma Celso Athayde, fundador da Cufa.

Dados da pesquisa DataFavela, feita pelo Instituto Data Popular, mostram que as favelas brasileira­s são conectadas, querem empreender e enxergam a internet como um meio para isso. Com mais de 12 milhões de pessoas e uma renda anual de mais de R$ 74 bilhões, os moradores das favelas enxergam uma oportunida­de de empreender dentro de suas próprias comunidade­s, e outros 42% deles pretendem abrir seu próprio negócio.

O levantamen­to indica ainda que mais de 60% dos moradores das favelas têm acesso à internet e 92% deles estão no Facebook. Desses, 70% querem empreender.

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