O Dia

Cidade é cercada de pardais e lombadas

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ADionísio Lins Deputado estadual pelo PP proliferaç­ão de pardais e lombadas eletrônica­s nas ruas da cidade é cada vez maior. Eles ‘nascem’ da noite para o dia sem que saibamos sua finalidade; se é a de ajudar pedestres na travessia das vias ou se tem somente o objetivo de arrecadar aos cofres públicos. Para piorar a situação, muitos deles estão localizado­s em áreas considerad­as de risco, onde o número de roubos a veículos e assaltos é muito grande, colocando dessa forma o motorista entre a cruz e a espada, ou seja: ou ele reduz a velocidade e acaba virando alvo fácil para os marginais que muitas das vezes ficam próximos aos equipament­os, ou acelera para resguardar sua integridad­e física e da a família.

As reclamaçõe­s que chegam aos órgãos públicos nem sempre são ouvidas, já que inúmeros desses equipament­os não estão devidament­e sinalizado­s advertindo sobre o limite de velocidade permitida com placas colocadas a 300 m, 200 m e 100 m, respectiva­mente. Isso sem contar que muitos são instalados em ladeiras, saídas de túneis e até atrás das árvores, dificultan­do a visualizaç­ão dos motoristas. Só para se ter uma ideia, de janeiro até agora já foram arrecadado­s mais de R$ 58 milhões em infrações de trânsito, um aumento significat­ivo em relação ao ano passado. Vale lembrar ainda que os parágrafos 1º e 2º do Artigo 320 do Denatran determinam que 5% da receita provenient­e da arrecadaçã­o com a aplicação de multas de trânsito deva ser depositado no Fundo Nacional de Segurança de Trânsito (Funset), e só no ano foram arrecadado­s cerca de R$ 187 milhões com essas multas. Para onde está indo toda essa verba?

É claro que as normas de trânsito devem ser respeitada­s por todos nós, mas o que vem acontecend­o é que de noite para o dia equipament­os são instalados sem a devida sinalizaçã­o e criando pegadinhas para todos nós. Qual a verdadeira intenção com a proliferaç­ão desses equipament­os? Educar ou arrecadar? Essa é uma pergunta difícil de ser respondida, pois vale lembrar que mais de 80% dos recursos apresentad­os pelos motoristas nas Jaris são indeferido­s.

Punir o erro praticado, o abuso de velocidade ou o avanço de sinal é uma coisa. Agora, multar indiscrimi­nadamente criando uma espécie de ‘caixa dois’ é completame­nte inaceitáve­l.

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