O LEGADO GASTRONÔMICO DE 2016
Escalado para cobrir a Rio-2016, o colunista deste espaço confessa estar sofrendo um bocado nas arenas olímpicas de Jacarepaguá. Para vocês terem uma ideia, o preço do quilo da refeição dentro das instalações dos Jogos está em absurdos R$ 98. Mas quem está acostumado com a Bienal do Livro, no Riocentro, sabe os atalhos da boa comida. E dos preços acessíveis.
E a solução encontrada atende pelo nome de Baixinha, a simpática senhora dona do bar Cantinho da Baixinha, que fica exatamente atrás do Riocentro e, segundo a própria, está ali para servir “o povo duro que trabalha: jornalista, policial, bombeiro e voluntários dos Jogos”.
Pois a Baixinha acertou na mosca em relação ao saldo da nossa conta bancária. Tanto quanto no tempero e no preço da sua comida caseira, que sai por honestíssimos R$ 15, na quantidade que quiser.
Sabe aquela comida cada vez mais fora de moda nos restaurantes e até mesmo nos botequins mais vagabundos, mas que faz sucesso na barriga da gente que gosta de comer? Pois é exatamente isso o que você encontra por lá.
É o basicão que satisfaz. E como satisfaz! Arroz, feijão, macarrão, farofa, salada, carré, carne de panela e refrigerante baratinho para acompanhar (R$ 8 a garrafa de 1,5 l de Coca-Cola).
O cardápio, por si só, já é capaz de nos levar ao Olimpo. Em tempos de crise e preços estratosféricos, nos leva além disso. Com direito à medalha de ouro. Que venham os Jogos.