O Dia

Bancos renegociam dívidas com clientes via internet

Especialis­tas financeiro­s apontam prós e contras nos serviços online, que oferecem chat com consultore­s e sistemas automático­s

- Reportagem do estagiário Caio Sartori

Clientes com dívida seque não querem ir ao banco nem resolver apendência por telefone podem recorrera sistemas online das instituiçõ­es financeira­s. Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e Caixa Econômica mantêm ferramenta­s em sites para renegociaç­ão. O BB, por exemplo, fechou cerca de 280 mil acordos virtuais, em um total de R$ 2,8 bilhões. No Rio, de acordo com o último balanço do BC, 5,35% das operações de crédito de pessoas físicas estão em atraso.

Para a professora da FGV Myrian Lund, o atendiment­o online, quando há diálogo entre devedor e banco, pode ser vantajoso em relação ao atendiment­o telefônico. “Sempre que for direto com alguém da área de renegociaç­ão, tende a valer apena. Por telefone normal menteécoma­t endente de fora, que não costuma ter conhecimen­to financeiro ”, diz.

Myrianress alta a importânci­a de o devedor ter consciênci­a da situação financeira .“O ideal é quitar de uma vez. Se for parcelar, tem que ver se está tirando juros, se há bom desconto ”. O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiro­s (Abefin), Reinaldo Domingos, põe na balança a possibilid­ade dedar ‘choradinha’ ao renegociar. “Se for sistema automático, tem menos possibilid­ade de negociação acirrada”, analisa.

A chance de pechinchar também é destacada pelo professor do Ibmec, Gilberto Braga. “Pessoalmen­te, é mais fácil conseguir acordo”, ressalta. No entanto, ele aponta para maior autonomia do devedor a ousar serviços online, já que, mesmo sem entender mui todo assunto, pode conversar com mais calma, caso haja interlocuç­ão.

Especialis­tas dizem que não adianta quitar o que está atrasado sem cortar o mal pela raiz. Para Domingos, as ferramenta­s são válidas, mas é preciso fazer ‘faxina financeira’ e evitar novas dívidas. Myrian indica que o limite de juros deve ser entre 2%e 3% — ou até 2% no consignado.

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