O SONHO DE UM TÍTULO INÉDITO
Mengão mira a conquista da Sul-Americana, competição que lhe traz péssimas lembranças
ACopa Sul-Americana, hoje, em vez de um peso, é objeto de desejo do Flamengo. A diretoria, com os pés fincados no chão como raízes, não faz promessas. A semente da esperança, porém, foi plantada há anos no coração da torcida. A ges- tão Eduardo Bandeira de Me- llo já apontava, quando assu- miu há três anos, que, em 2016, começariam a nascer os frutos da política de responsabilidade. E a expectati- va criada pela boa campanha no Brasileiro rega o terreno.
A partir de amanhã, contra o Figueirense, às 21h45, no Orlando Scarpelli, o Flamengo começa a tentar provar que chegou a hora da colheita. O diretor de futebol Rodrigo Caetano vê no elenco montado solo fértil para florescer o título inédito.
“Título nunca se promete, mas o compromisso é de disputar buscando o título”, afirmou Caetano, que emendou: “Montamos o elenco visando buscar as primeiras colocações em todas as competições e prevendo as dificuldades que as viagens nos causam nesse ano atípico. A SulAmericana é uma delas.”
No início, a competição era a maçã podre no calendário para os brasileiros. Ao Flamengo, em todas as vezes teve sabor amargo. O Rubro- Negro não passou da primei- ra fase nas três primeiras ve- zes em que disputou a Sul- Americana.
Em quatro participações, o time disputou dez jogos. Fo- ram duas vitórias, quatro em- pates, quatro derrotas, seis gols marcados e 14 sofridos.
Em 2003, estava no mes- mo grupo de Internacional e Santos. E perdeu seus dois jo- gos. No ano seguinte, em outro modelo, o Rubro-Negro disputou mata-mata com o Santos, na rodada prelimi- nar. Após dois empates, caiu diante do Peixe nos pênaltis.
Passaram-se cinco anos até o Flamengo voltar a com- petir no torneio. Em 2009, ano do hexa, acabou eliminado pelo Fluminense, nova- mente depois de duas igual- dade, mas, dessa vez, no crité- rio de desempate — gol fora.
As primeiras vitórias só brotaram em 2011: 1 a 0 em casa e fora, diante do AtléticoPR. Nas oitavas de final, porém, a Universidad de Chile destruiu a muda pela raiz. Já na primeira partida, plantou 4 a 0, no Engenhão. Na volta, outra derrota do Fla, por 1 a 0.
“A união faz a força, e o grupo está mais unido. No individual, cada um está bem também, e o objetivo é ganhar a Sul-Americana”, disse o lateral-esquerdo Jorge.
Diretor de futebol do Flamengo vê o elenco pronto para buscar o primeiro lugar na Copa Sul-Americana e no Brasileiro