FINA sintonia
DUPLA DE SUCESSO INSTANTÂNEO, ANAVITÓRIA CONQUISTA FÃS FAMOSOS COMO TIAGO IORC, QUE PRODUZIU SEU PRIMEIRO CD, LANÇADO AGORA.
Entrevistar por telefone a morena Ana Caetano, 20 anos, e a ruiva Vitória Falcão, 21, é uma experiência engraçada. Vindas da cidade de Araguaína (TO), as meninas do duo Anavitória brincam com o chiado do sotaque carioca (“vamosh pro Rio encontrar o pessoal aê”, zoam), falam várias frases por minuto e complementam asco locações umada outr aquase todo o tempo. E ficam especialmente animadas aof alarde Mal lu Magalhães, grande influênciadasdu as—especialmente de Ana, autora do repertório que o duo gravou no CD de estreia, ‘Anavitória’ (Universal), e que lançam no Rio entre sexta e domingo, no Solar de Botafogo. “Ih, sou apaixonada por essa mulher. Adoro as composições dela, sozinha, na Banda do Mar... Foi uma influência muito forte para mim. Sonho escrever alguma coisa em parceria com ela, mais até do que gravar”, anima-se Ana. Vitória também inclui Geraldo Azevedo no rol de influên-
cias do “pop rural” que as meninas fazem: um mix de sertanejo com música pop que já conquisto uvários fãs( chegou aficar três dias consecutivos no topo da par ad ad oi Tunes) eque gerou canções como‘ Chamego Meu’, ‘Agora Eu Quero Ir’ e ‘Cor de Marte’, além da regravação de ‘Tocando em Frente’, de Almir Sater e Renato Teixeira, única releitura incluída no CD.
Elas se conheceram bem pequenas na escola. Perderam o contato e depois uma amiga “re apresentou” as duas, já um anos eucanto coma música. Ana mantinha um canal no YouTube desde 2012 com vídeos nos quais interpretava covers e canções próprias. “Vi um vídeo da Vitória no Facebook cantando e falei: ‘Você tem que vir cantar comigo’, aí gravamos um vídeo juntas ”, diz Ana .“Agente já não morava na mesm acidade, daí se encontrava par agravar quando dava ”, complementa Vitória, que chegou amorarem Goiânia e volto upara acidade no momento que Ana mudavase para Araguari (MG) para fazer Medicina.
“Ah, mas você cantava a sério, eu cantava de brincadeira”, responde Ana à amiga. Adolescentes na época dos vídeos, as duas brincavam descalças na rua poucos anos antes disso. “Eu era moleca do Tecnorte”, brinca Vitória, referindo-se a um bairro de Araguaína. “Vivemos uma época bem‘ de boas’ lá, mas acida decresceu muito ”.
A profissionalização veio quando fizeram uma versão simples, voz e violão, de ‘Um Dia Após o Outro’, de Tiago Iorc, e tiveram a ideia de mandar o vídeo para o cantor—que adorou e convidou as meninas par agravar um EP pelo selo dele, Forasteiro. “Não e rapara ele apadrinhara gente, era só para ele ver”, conta Ana. Felipe Simas, empresário de Iorc, passou a cuidar da carreira das meninas, e o cantor também produziu o disco que sai agora, além de cantar em ‘Trevo (Tu)’.
Repleto de delicadas canções de amor — várias fãs já perguntaram em fóruns se Ana e Vitória são um casal, questão que as duas consideram “irrelevante” (“queremos é falar de música!”, rechaçam) —, o repertório das meninas ganhou admiradores bem rápido. “Soltamos o EP e no dia seguinte já tinha fã-clube. E agente :‘ Oque tá acontecendo ?’”, brinca Ana .“Fazemos música para nos conectarmos com as pessoas. A música popular do Brasil hoje está muito cult”, conta Vitória. “O sertanejo até conquistou um espaço grande por causa disso. Ele fala sem rodeios, não enrola, as pessoas se identificam”, completa Ana.