VIRADA NA RAÇA
Com gols de Guerrero e Mancuello, time derrota o Cruzeiro por 2 a 1 e segue coladinho no líder Palmeiras
Com gols do atacante Guerrero (abraçado por Alan Patrick) e do meia Mancuello nos minutos finais, Flamengo vence o Cruzeiro por 2 a1 e e segue colado no líder Palmeiras no Brasileirão
Sorte, competência, gar- ra. Não importa. O Fla- mengo conseguiu uma virada espetacular nos minu- tos finais contra o Cruzeiro, o que o manteve na cola do Palmeiras, líder do Brasileiro, a apenas um ponto. Até os 38 do segundo tempo, o RubroNegro perdia, mas Guerrero empatou, e brilhou a estrela de Zé Ricardo, que colocou Alan Patrick e Mancuello e os dois participaram do gol da virada, marcado pelo argentino. Com os 2 a1, o Flamengo chegou a oito jogos invicto no ano, e o Cruzeiro entrou na zona de rebaixamento.
Muitos podem falar em sorte. Afinal, Guerrero — que não marcava há seis partidas, desde 31 de julho, contra o Coritiba — empatou com chute de fora da área, em que a bola bateu em Bruno Rodrigo e encobriu o goleiro Rafael. Ou porque Ábila poderia ter feito o segundo gol do Cruzeiro em duas chances claríssimas logo após o empate.
Só que Muralha foi decisivo ao sair nos pés do atacante na primeira. Além da compe- tência do goleiro, teve a in- competência do cruzeirense, que isolou sozinho na peque- na área na segunda tentativa.
Competência também do time do Flamengo, que roubou uma bola e iniciou um contra-ataque mortal, com boa troca de passes. Alan Patrick achou Mancuello sozinho e ele chutou de primeira para virar o jogo, aos 43 minutos, e fazer explodira torcida que voltou alotar o estádio em Cariacica.
Também é inegável que houve muita raça do time. Dono absoluto do primeiro tempo, o Fla só não criou chances claras, com exceção de duas finalizações de Guerrero, uma de bicicleta, que pararam em Rafael. Lento e sem padrão, o Cruzeiro assustou em dois chutes de fora da área, mas cresceu coma entrada de R afinha. Aos 29 da segunda etapa, ele passou sem dificuldades por Réver e Pará e chutou para abrir o placar.
Cansado, o Flamengo foi em busca da virada na base do coração, já que na organização deixava a desejar. E conseguiu, para a alegria dos rubro-negros, cada vez mais confiantes no hepta.