O Dia

Ex-policiais acusados de roubo e morte

- LUIZA SANSÃO luiza.sansão@odia.com.br

Dois ex-policiais foram presos ontem em operação conjunta das polícias Civil e Federal, suspeitos de integrar uma quadrilha que roubou R$ 33 milhões do empresário Miguel Ângelo Santos Jacob em março, um mês antes de ele ser morto na Barra da Tijuca. O ex-policial civil Rodrigo Sandes, expulso da corporação há dez anos por crimes contra o patrimônio, e o ex-policial federal Marcos Paulo da Silva Rocha, também expulso por práticas criminosas, foram detidos com Eduardo Madureira.

Segundo o delegado Fábio Cardoso da Delegacia de Homicídios (DH), Eduardo forneceu aos dois a informação de que o empresário guardava dinheiro na casa da mãe. O quarto suspeito — um policial civil da ativa cujo nome ainda não foi revelado — está foragido. Os delegados da DH, Rivaldo Barbosa e Fábio Cardoso, e a corregedor­a da Polícia Civil, Adriana Mendes, afirmaram que as investigaç­ões da Operação Fênix indicaram que a morte de Jacob está ligada ao roubo.

“Os assassinos temiam ser identifica­dos pelo roubo e mataram a vítima”, disse Cardoso.Oscriminos­ossedisfar­çaram de agentes da PF para simularumm­andadodebu­sca e apreensão na casa da mãedeJacob,naBarra.Oempresári­o foi executado um mês e três dias depois, no dia 6 de abril, quando deixava o filho na escola. Dono de uma empresa que falsificav­a e distribuía­oremédioGi­lvec,destinado ao tratamento de leucemia, o empresário havia sido condenado, em 2015, por esquema de falsificaç­ão de medicament­os contra o câncer. Ele chegou a ficar preso, mas estava recorrendo em liberdade quando foi morto.

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