O Dia

No ciclo da Rio-2016, a CBDA recebeu mais de R$ 120 milhões em patrocínio­s e leis de incentivo

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de colecionar títulos brasileiro­s e sul-americanos, conquis- tou três medalhas nos Pan- Americano, de Santo Domin- go, uma prata e um bronze, e mais um bronze no Rio-2007.

Foi justamente no Pan do Rio que ela entrou em rota de colisão com o presidente da CBDA, Coaracy Nunes. Após um nadador escorregar de um tapete e se machucar, ela foi a única a criticar o piso da plataforma de saltos do Com- plexo Maria Lenk.

“O Coaracy falou que eu já tinha dito muita besteira. Disse para fingir que estava bom. Eu me recusei e ele dis- se que me pagava. Então, fa- lei para enfiar o dinheiro on- de quisesse”, contou. Desde então, a relação se desgastou.

Em 2008, Juliana engravidou. O primeiro filho nasceu em 2009. Mesmo tendo engordado 32 quilos, ela voltou aos treinos no fim do ano e ainda ganhou o Brasileiro: “Eu estava gorda, minha técnica competia na China. Mas mesmo assim com quatro meses treinando praticamen­te sozinha fui campeã.”

Renovada com o título, ela voltou a falar com Coaracy. “Após reconquist­ar o meu espaço, fui conversar com o Coaracy. Ele disse que eu estava velha e gorda e que iria investir em novos talentos”, lamentou. Apesar da falta de apoio, Juliana garantiu vaga em Londres- 2012 e nos Jogos do Rio-2016, sem ganhar medalha. Hoje, aos 35 anos, ela acredita que sua trajetória poderia ter sido melhor.

“Com recursos, poderia ter aprimorado minha técnica fora do país. Nas poucas vezes que fui, o patrocínio foi da academia da minha família. Se tivesse recursos próprios, teria ido muito mais”, garantiu.

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