Posse de Wolney incentiva coronéis
‘Tropa do Pijama’, que foi cedo para a reserva, quer voltar à ativa, assim como o novo comandante da PM
“Um oficial com 50 anos está no auge da produtividade. Mas também compreendi a necessidade de oxigenação Ignacio Cano
‘Estou pronto para atendera qualquer chamado. Tenho competência e saúde’, afirma o coronel Rogério Seabra, de 49 anos, mas que foi para reserva remunerada em março do ano passado, e passou a integrara chamada ‘tropa de pijama’. O oficial faz parte do grupo de 20 coronéisque como a Coluna Justiça e Cidadania publicou ontem argumentam que foram para casa mais cedo porque o ex-secretário de Segurança José Mariano Beltrame, com apolítica de oxigenação, reduziu deseis para quatro anos o tempo para o oficial ocupar o último posto.
Eles sustentam que a medida só onerou os cofres públicos eque apolítica de renovação dos quadros saiu pela culatra. O próprio governador licenciado Luiz Fernando Pezão alardeia que são 600 coronéis com salários de até R$ 24 mil. “Mandar os oficiais com pouca idade embora foi uma política que começou com o exgovernador Sérgio Cabral”, critica Rogério Seara.
Quinze dos 20 oficiais insatisfeitos com a aposentadoria forçada assinaram um documento voluntário para retorno à corporação. São eles: Jorge Ricardo da Silva; Carlos de Souza Alves; Valdir Cataldo Terra, Márcio da Costa Lima; Rogério Seabra; Carlos Magno Ribeiro Cabral; Arlei Balbino dos Santos; Alexandre Ribeiro Rocha; Alexandre Augusto Vidal de Almeida; Jairo Azevedo Germano; Sérgio Luís Mendes Afonso; Advanil Klein Class; Carlos Henrique Moraes, Eraldo Almeida Rodrigues e Sebastião José de Alcântara Neto. Mas em nota a assessoria de imprensa da Polícia Militar alega que ‘até o momento não há nenhum acordo sobre este retorno’. Para ter oficiais na reserva de volta à corporação é necessário que haja convocação para o serviço ativo, como aconteceu com o novo comandante da PM Wolney Dias, anunciado ontem pelo secretário de Segurança Pública, Roberto Sá. Para atender o chamado, Dias foi obrigado a retirar o pijama.
Outro fato que revolta a ‘tropa de pijama’ é a regra para os oficiais ficarem só quatro anos no último posto não valer para todos. Eles explicam que quem ocupa os cargos de comando-geral; chefia do Estado-Maior e gabinete, Corregedoria, e assume o posto de um dos sete Comandos de Policiamento de Área (CPAs) pode o ultrapassar o período, desde de que não fique mais de 30 anos na corporação.
Para o membro do Laboratório de Análise de Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e professor Ignacio Cano, o sistema de aposentadoria da PM é inadequado, quando permite que oficiais se aposentem tão cedo, como idade de 50 anos. “No caso dos coronéis não há justificativa. Um oficial com 50 anos está no auge da produtividade. Mas também compreendi a necessidade de oxigenação na corporação. Porém, o fato de serem novos não significa dizer que são mais arejados”, analisa Cano. Os oficiais chamados de intermediários até major também não podem ultrapassar mais de quatro anos no posto.