O Dia

Posse de Wolney incentiva coronéis

‘Tropa do Pijama’, que foi cedo para a reserva, quer voltar à ativa, assim como o novo comandante da PM

- ADRIANA CRUZ adrianacru­z@odia.com.br

“Um oficial com 50 anos está no auge da produtivid­ade. Mas também compreendi a necessidad­e de oxigenação Ignacio Cano

‘Estou pronto para atendera qualquer chamado. Tenho competênci­a e saúde’, afirma o coronel Rogério Seabra, de 49 anos, mas que foi para reserva remunerada em março do ano passado, e passou a integrara chamada ‘tropa de pijama’. O oficial faz parte do grupo de 20 coronéisqu­e como a Coluna Justiça e Cidadania publicou ontem argumentam que foram para casa mais cedo porque o ex-secretário de Segurança José Mariano Beltrame, com apolítica de oxigenação, reduziu deseis para quatro anos o tempo para o oficial ocupar o último posto.

Eles sustentam que a medida só onerou os cofres públicos eque apolítica de renovação dos quadros saiu pela culatra. O próprio governador licenciado Luiz Fernando Pezão alardeia que são 600 coronéis com salários de até R$ 24 mil. “Mandar os oficiais com pouca idade embora foi uma política que começou com o exgovernad­or Sérgio Cabral”, critica Rogério Seara.

Quinze dos 20 oficiais insatisfei­tos com a aposentado­ria forçada assinaram um documento voluntário para retorno à corporação. São eles: Jorge Ricardo da Silva; Carlos de Souza Alves; Valdir Cataldo Terra, Márcio da Costa Lima; Rogério Seabra; Carlos Magno Ribeiro Cabral; Arlei Balbino dos Santos; Alexandre Ribeiro Rocha; Alexandre Augusto Vidal de Almeida; Jairo Azevedo Germano; Sérgio Luís Mendes Afonso; Advanil Klein Class; Carlos Henrique Moraes, Eraldo Almeida Rodrigues e Sebastião José de Alcântara Neto. Mas em nota a assessoria de imprensa da Polícia Militar alega que ‘até o momento não há nenhum acordo sobre este retorno’. Para ter oficiais na reserva de volta à corporação é necessário que haja convocação para o serviço ativo, como aconteceu com o novo comandante da PM Wolney Dias, anunciado ontem pelo secretário de Segurança Pública, Roberto Sá. Para atender o chamado, Dias foi obrigado a retirar o pijama.

Outro fato que revolta a ‘tropa de pijama’ é a regra para os oficiais ficarem só quatro anos no último posto não valer para todos. Eles explicam que quem ocupa os cargos de comando-geral; chefia do Estado-Maior e gabinete, Corregedor­ia, e assume o posto de um dos sete Comandos de Policiamen­to de Área (CPAs) pode o ultrapassa­r o período, desde de que não fique mais de 30 anos na corporação.

Para o membro do Laboratóri­o de Análise de Violência da Universida­de Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e professor Ignacio Cano, o sistema de aposentado­ria da PM é inadequado, quando permite que oficiais se aposentem tão cedo, como idade de 50 anos. “No caso dos coronéis não há justificat­iva. Um oficial com 50 anos está no auge da produtivid­ade. Mas também compreendi a necessidad­e de oxigenação na corporação. Porém, o fato de serem novos não significa dizer que são mais arejados”, analisa Cano. Os oficiais chamados de intermediá­rios até major também não podem ultrapassa­r mais de quatro anos no posto.

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DIVULGAÇÃO Fotografia feita em março de 2015, no dia em que os coronéis foram para a reserva: querem voltar

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