O Dia

Todas as doações foram legais

- Roberto Muylaert Editor e jornalista

Para ter opinião política é necessário radicaliza­r. Não funciona ser razoável e tentar raciocinar.

A partir dos governos do PT e de todas as consequênc­ias dos seus malfeitos e das decisões contrárias ao interesse do país, uma fatia de 12 milhões de brasileiro­s está atrás de uma colocação que desaparece­u, junto com as respectiva­s empresas.

Mas, para quem defende o partido que esteve no poder até o impeachmen­t, não há nenhum tipo de censura a respeito do que foi feito, sendo que o próprio PT dá lições de cinismo, ao responder às acusações de verbas estranhas que o irrigaram: “Todas as doações foram legais e declaradas à Justiça.”

As pessoas que não apoiam os chamados partidos de “esquerda” são os maus, contra os bons, que os apoiam sem restrição, nem autocrític­a.

É claro que aqueles que apoiam a subida ao poder do vice-presidente da República estão eufóricos, olhando também sem restrições a situação artificial que foi criada, dentro da lei. O presidente Temer não parece tão seguro como seus correligio­nários. Tanto que, nas Nações Unidas, ondes e discutem guerras, clima, eliminação da pobreza, terrorismo, ele tentou galvanizar­a atenção do mundo anunciando que“o impediment­o da presidente eleita se deu por processo legítimo, na Câmara, Senado, Supremo Tribunal…”

Que mé a favor do novo governo não pode levarem conta o número de políticos que fazem parte de sua base: uma imensa quantidade deles está sendo processada porca usastã osérias comoas que atingiram o PT.

Na facção dos mais reacionári­os que apoiaram o chamado “golpe parlamenta­r” também não há propensão para a discussão, sendo voz corrente que com o novo governo tudo estará resolvido, até mesmo o congelamen­to dos gastos públicos, medida oportuna, porém feita de maneira canhestra, por 20 anos, num país onde 20 dias podem mudar tudo.

Outros temas necessitam de reformas, como a Previdênci­a, antes que ela acabe. E a Reforma Política, para repensar, entre outras coisas, os absurdos privilégio­s dos congressis­tas. A Trabalhist­a é outro tema inadiável, para que as empresas contratem mais gente, sem o risco de ficar insolvente­s. Senhores congressis­tas: vamos às reformas?

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