O Dia

Bonecos com a camisa dos times viram sensação no quadro dos gols do ‘Fantástico’

- GABRIEL SOBREIRA gabriel.sobreira@odia.com.br

Eles animam todos as noites de domingo da Globo no ‘Fantástico’. Não, não se trata da simpática dupla de apresentad­ores Tadeu Schmidt e Poliana Abritta, mas dos cavalinhos que têm presença garantida no quadro dos gols da rodada na revista eletrônica dominical. “Tem uma repercussã­o enorme, várias pessoas ficam até o fim do programa para ver, e tem muita criança que também gosta deles”, conta Schmidt.

A ideia dos equinos animados começou em 2008. Mas naquela época era um formato digital e um artifício para mostrar a classifica­ção do campeonato, e cada um com a roupa do time. “Quando não usamos, a torcida do time na liderança reclamou: ‘Mas agora que meu time assumiu a liderança vocês tiraram’ ”, lembra Tadeu.

No ano seguinte, a equipe fez um projeto diferente, com carrinhos, mas a iniciativa não vingou. Foi só em 2014, quando houve a reformulaç­ão do cenário do ‘Fantástico’, que o Flávio Fernandes, diretor de arte da Globo, deu a ideia de bonecos manipulado­s, tipo muppets. “Fizemos pilotos, aprovamos e estreamos em 2014, com os bonequinho­s ganhando vida”, completa.

Quando Tadeu diz que os cavalinhos ganharam vida, é quase que literalmen­te. Pois cada um dos 20 bichinhos — representa­ntes dos 20 times que disputam a série A do Campeonato Brasileiro — tem um sotaque referente à região natal deles. Por exemplo, o cavalinho que representa o Palmeiras, atual líder do Brasileirã­o com 64 pontos, tem um sotaque italiano. Já o cavalinho do Flamengo, atual vice-líder com 57 pontos, tem o jeitinho de falar do carioca. As vozes e a manipulaçã­o são feitas por Quiá Rodrigues e Renato Spinelli.

As brincadeir­as entre os bonecos e Tadeu são ao vivo e roteirizad­as, mas nada engessadas. “Tem total espaço para improviso. Entre um comercial ou reportagem grande, aproveito para ensaiar com eles, que têm liberdade para mudar algo que acharem necessário”, conta o apresentad­or. Além disso, a equipe do programa tem a preocupaçã­o de passar verdade nas expressões locais. “Até ligamos para colegas jornalista­s de outras praças para saber como é o jeito que mineiros, baianos, pernambuca­nos e gaúchos falam. O cavalinho tem que ter esse traço regional, que se adequa e demonstra ali a alegria e o sofrimento do torcedor”, frisa.

Por falar em sofrimento de torcedor, é chato quando o time não está nem tão bom, nem tão ruim, ou não cometeu nenhum lance curioso nos jogos da semana. E deixa o clube no meio da tabela. Isso faz com que o cavalinho do time nem dê as fuças por alguns minutinhos ao lado de Tadeu.

O apresentad­or defende que todos os cavalinhos são lindos, mas confessa que tem um apreço especial por um deles. “Tenho carinho enorme pelo cavalinho do Vasco, pelo que vivemos no ano passado, quase uma epopeia”, recorda Schmidt, sobre a saga do clube cruzmaltin­o que, no ano passado, começou o Brasileirã­o fraco, reagiu e deu vários sinais de que não seria rebaixado, mas no final acabou caindo para a série B. “Coisas do futebol”, resigna-se.

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FOTOS PAULO BELOTE/TV GLOBO
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