Sem dinheiro, Hospital da Posse pode fechar portas
Dirtoria da unidade já suspendeu cirurgias eletivas e atendimentos no ambulatório. Por enquanto, são mantidos internados apenas os pacientes em estado grave e em processo pós-operatório. Sem dinheiro do estado, todos os serviços podem parar.
Ocongestionamento de ambulâncias no pátio dá a pista. Do total de 15 mil pacientes atendidos por mês no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), conhecido como Hospital da Posse, quase metade(45%) vem de outros municípios da Baixada Fluminense, onde vivem 3 milhões de pessoas, a maioria dependente dos serviços públicos de saúde. A unidade também é porta de entrada para todos os acidentados na Rodovia Presidente Dutra e no Arco Metropolitano, que cortam vários municípios. Apesar da importância estratégica, há tempos o hospital viveà beira de um colapso. Ontem, a direção comunicou ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) que há risco de fechar as portas nos próximos dias.
“As cirurgias eletivas já estão suspensas desde o dia 7 e o serviço ambulatorial foi interrompido na quinta-feira. Permanecem apenas as consultas ambulatoriais de pacientes do pós-operatório ”, informou a direção da unidade. A previsão, segundo anota, era que a Secretaria estadual de Saúde enviasse insumos e medicamentos para suprir em parte a necessidade.
O Cr emerja ler taque a situação pode piorar caso os repasses de verbas federais e estaduais não sejam regularizados e atualizados para atender ao aumento da demanda —em 2013, a média era de 4,5 mil atendimentos por mês, aumento de mais de 200%.
Administrado pela Prefeitura de Nova Iguaçu desde 2002, o hospital enfrenta o atraso de quase uma nono repasse doestado. A dívida já supera R$ 29 milhões. Desde 2013, o valor repassado pelo Ministério da Saúde é de R$ 6,3 milhões — o ideal seria R$ 11 milhões, diz o HGNI.
“É incalculável o impacto que a restrição de Hospital da Posse causará a toda região. As pessoas não podem ficar desassistidas”, alerta Pablo Vazquez, presidente do Cremerj.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que, “desde o início do ano, vem recebendo cerca de 40% do orçamento estadual previsto”. Mesmo co messa limitação, destinou, neste ano, o valor relativo a seis meses de repasse deverbasa o HGNI eà Matern idade Mariana Bulhões—também em Nova Iguaçu .“Existe um débito pendente relativo a 2015 que ainda não está regularizado”, admite.
O Ministério da Saúde informou que repassou este ano para Nova Iguaçu R$ 270,6 milhões, sendo R$ 193,7 milhões para serviços de média e alta complexidade. E acrescentou que “estuda o ajuste das formas de financiamento, incluindo a tabela de procedimentos do SUS”.