Policiais civis mantêm paralisação
Após pagamento, decidem fazer greve. Agentes penitenciários vão à Justiça contra suspensão do movimento
Mesmo após receber o pagamento do salário de dezembro, os policiais civis do Rio de Janeiro mantiveram o indicativo de greve a partir das 8h de hoje. A decisão foi tomada depois da paralisação de 48 horas que afetou os serviços em boa parte das delegacias do estado.
Francisco Chao, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), alega que a lutanãoserestringeaossalários, mas também ao Regime Adicional de Serviço (RAS) e Premiações por Metas, atrasados há mais de seis meses.
Maria Eunice Santos, de 54 anos, foi ameaçada por um colega de trabalho, mas não conseguiu pedir proteção na 10ª DP (Botafogo). “Agora não sei o que fazer”. Asdelegaciasestãoregistrando apenas alguns casos,
Agentes penitenciários, que estavam parados há dois dias, tiveram que voltar a trabalhar ontem, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, mas a categoria informou que vai recorrer da decisão.
Ontem, o Tribunal de Justiça do Rio anunciou a criação de um comitê para discutir medidas a fim de reduzir a superlotação nos presídios do Rio. Os membros, representando MP, Defensoria, OAB-RJeSeap,serãoescolhidos na segunda-feira e já na quinta vão se reunir. Entre as medidas, estão mutirões carcerários e maior volume de audiências de custódia. Hoje, a população carcerária do estado é de 50 mil pessoas.