POSSE EM BAIXA
Donald Trump só perde para Eisenhower como o eleito com menor popularidade. E seu jeito, por ora, não ajuda a levantá-la
Ocomando da maior nação do planeta troca hoje de mãos, consequência de surpreendente processo democrático cujo resultado, agora, desagrada ameio mundo— sobretudo os americanos. As últimas pesquisas afirmam que 40% aprovam o jeito de ser de Donald Trump, que ao meio-dia de Washington (15h de Brasília) fará o juramento que enfim o levará ao poder.
Há um movimento entre os descontentes para tanto em Washington quanto pela televisão. Na capital, dezenas de grupos prometem tumultuar o acesso às arquibancadas na esplanada. No resto do país, a ideia é sintonizar outros canais.
Quase 30 mil homens das forças de segurança estão impedir atentado seque tais. Precaução necessária diante de umna campanha, despertou ódio em muçulmanos, latinos e mulheres.
Mas não é só a língua que joga contra Trump. Seus arroubos autoritários promete matrapalhá-lo.Trump fazo queque repromete cumprir suas controversas promessas, como construir muro na fronteira como México e retaliar indústrias que não se instalarem em território americano. Esse jeito de governar pode lhe render problemas no Congresso, de maioria republicana, mas repleto de desafetos.
O secretariado também não agrada. Um dos filhos vai ocupar cargo estratégico, a despeito de lei anti nepotismo; o coordenador será Stephen Bannon,qu ejá defendeu a supremacia branca;Jeff Sessions, acusado de racismo, será o procurador-geral;R ex Till erson,mandach uvada Exxon Mobile ligadoàRúss ia, vai para a Secretaria de Estado.
E ar elação coma imprensaéturbu lenta. Em coletiva, destratou repórteres de empresas que julgou ‘desleais’. E já seleciona quem poderá acompanhar sua rotina de dentro da Casa Branca.