Mais de 35% dos brasileiros têm algum tipo de dor de cabeça
O último estudo epidemiológico nacional da enxaqueca da Sociedade Brasileira de Cefaleia revelou que mais de 35% dos brasileiros sofrem com dores de cabeça. Entre 3,8 mil entrevistados, 15,2% têm enxaqueca clássica, 13% possuem cefaleia tensional, forma mais comum associada à tensão muscular, e 6,9% sofrem com cefaleia crônica.
Avanços de tratamentos à base de medicamentos, como os neuromoduladores (anticonvulsivantes), antidepressivos e betabloqueadores, serão divulgados neste ano no 31º Congresso Brasileiro de Cefaleia, em Tiradentes (MG), promovido pela SBCe, que tem 400 membros no país.
Na rede pública, o socorro imediato para quem padece de fortes dores de cabeça ainda é falho, ao contrário da rede particular. No Rio, o Centro Multidiciplinar da Dor, criado há 18 anos para tratar a ori- gens de dores, que não atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), já tem como maioria dos pacientes pessoas que sofrem diariamente com dor de cabeça.
“Dos mais de 1,8 mil atendimentos que fazemos por mês por uma equipe de 18 profissionais, que se reúne periodicamente em busca de soluções para dores sem uso de máquinas, 60% já são relativos a dores de cabeça”, observa a dona da clínica, Gabriela do Amaral.
Já a Academia Americana de Neurologia (AAN), formada por 25 mil especialistas, defende que mais de 50% das dores de cabeça e crises de enxaqueca podem ser evitadas com bons tratamentos preventivos. Fisioterapia, acupuntura, massagens e exercícios regulares têm sido recomendados. As causas mais comuns estudadas da dor de cabeça estão vinculadas ao estresse, a ingestão de gordurosas, e alguns medicamentos.