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á quatro meses, cerca de 20 jogadoresdoConexão,timededesempregados controlado pelo empresário Luiz Claudio Rodrigues, 34 anos, lutam para manter a forma em um campo no Recreio dos Bandeirantes. Debaixo de um sol escaldante, eles tentam driblar a incerteza do futuro treinando duas vezes por semana e, vez ou outra, fazendo jogos-treinos contra equipes do porte do Boavista e Macaé, entre outras. Nem as goleadas sofridas — do time de Bacaxá levaram de 9 a 0 — diminuem o moral da tropa, que trabalha duro sonhando com um futuro melhor.
Quando a única bola disponível rola, sofre para driblar os escassos tufos de gramas e desviar do mato. Na única pausa do treino, a água gelada não mata só a sede. Sem uma única bolsa de gelo ou um simples spray para aliviar a dor, só mesmo muita oração e água benta para espantar possíveis lesões. Mas onde falta tudo, sobra esperança de que um dia a sorte mudará.
“Começamos este trabalho em fim de outubro. Em dezembro começou a complicar o dinheiro, custo, patrocí- nio. Estava conseguindo o aluguel desse campo três vezes por semana, depois caiu para duas vezes e agora tive que dar uma parada porque o dinheiro acabou. Nas viagens que fize- mos para os jogos-treinos foi uma dificuldade em arrumar o dinheiro da van. Sem patrocínio não tem sido fácil”, lamenta Luiz Claudio.