Projetos sem conclusão
■O projeto do BRT Transolímpica, inaugurado ano passado, previa que o corredor ligaria o Recreio a Deodoro. No entanto, essa última estação nem começou a ser construída e o corredor termina na Vila Militar. O terreno onde o terminal seria erguido, ao lado da estação de trem, continua cheio de mato. Só um segurança toma conta do canteiro.
Em 2015, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) chegou a dizer que o BRT da Transolímpica ajudaria a desafogar o Transoeste. A previsão era que moradores de bairros entre Bangu e Campo Grande, que utilizam a estação Mato Alto, poderiam passar a fazer conexão entre linhas de ônibus comuns e os serviços da Transolímpica em Sulacap ou Deodoro. “A gente acredita que a Transolímpica teria maior atratividade com a construção do terminal”, aponta Suzy Balloussier, do BRT.
Suzy estima que o Transbrasil, cujas obras estão abandonadas desde julho, também ajudaria a distribuir melhor a demanda dos demais corredores. “Muita gente viaja pela Transoeste e pela Transcarioca porque não tem opção pela Avenida Brasil”. Como a rede toda não foi concluída, o número total de passageiros (344 mil por dia) é bem menor do que o estimado no início (1,5 milhão). A prefeitura diz que reavalia os contratos e que pretende dar continuidade às obras do Transolímpica e do Transbrasil. A SMTR afirma, ainda, que o atraso na alça de ligação Transoeste-Transolímpica se deve à demora em transferir cabos pela Light.