O Dia

Versões diferentes de motorista e diretor da Tuiuti

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>A Polícia Civil realizou ontem de manhã uma terceira perícia no carro alegórico da Paraíso do Tuiuti que provocou o acidente que feriu 20 pessoas durante o desfile de domingo. Três vítimas continuam internadas em estado grave. O motorista do carro, Francisco de Assis Lopes, de 53 anos, chegou ao local por volta das 9h, acompanhad­o do filho e de um outro homem, para auxiliar o trabalho dos peritos. Lopes voltou a pedir desculpas às vítimas do acidente e afirmou que é inocente.

“Só quero voltar a ter a minha vida normal”, desabafou. O motorista já havia sido ouvido na 6ª DP (Cidade Nova), na segunda-feira. Seus dois filhos, Lidiane e Liverton Lopes, afirmam que ele fugiu do local após o acidente por temer pela própria vida. Eles denunciara­m que Lopes teria sido espancado por funcionári­os da escola de samba. A Polícia Civil apura as circunstân­cias do acidente e a suspeita de agressão. Lopes contou aos investigad­ores,quenomomen­todoaciden­te, havia apenas um integrante da escola de samba do lado de fora do carro para auxiliá-lo na direção.

A denúncia foi contestada pelo diretor de Carnaval da agremiação, Leandro Azevedo: “Cinco pessoas estavam ajudando na condução. Orientamos ele (Francisco) durante a manobra, mas ainda não sabemos se ele não escutou”, explicou. Azevedo afirmou ainda que o motorista sabia que seria acoplada uma parte na frente da alegoria e que ele não foi agredido após o acidente.

A perícia no carro da Unidos da Tijuca, que registrou acidente na segunda, foi realizada anteontem. O Conselhor Regional de Engenharia quer agora saber se os engenheiro­s que assinam os laudos técnicos dos carros acompanhar­am o trabalho de construção.

Condutor reclama que havia apenas uma pessoa para auxiliá-lo do lado de fora do carro

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