O Dia

Pouca gente para soprar a velinha

Convidados para cantar parabéns nos 452 anos da cidade não aparecem em festa no Aterro

- Da estagiária Alessandra Monnerat

A concorrênc­ia com o Carnaval acinzentou as comemoraçõ­es dos 452 anos do Rio. No monumento a Estácio de Sá, no Ater rodo Flamengo, a Cultura organizou uma comemoraçã­o tímida pela manhã, coma apresentaç­ão do coral Uma Só Voz e da Banda da Guarda Municipal. No ano passado, uma semana inteira de eventos foi dedicada à data. Já a Confraria do Garoto, que organizou o tradiciona­l bolo gigante, teve que buscar patrocínio alternativ­o, do Sindicato da Indústria de Panificaçã­o e Confeitari­a.

Ano passado, a Rio Tur investiu R$ 50 mil na festa do quitute gigante. Este ano, apesar de o órgão afirmar manter o patrocínio( sem informar valores ), a Confraria diz não ter recebido nenhum apoio financeiro oficial .“Nosso é voluntário e gastamos dinheiro. Entrenós, gastamos pelo menos mil reais ”, disse Elísio Quintino, ministro entre os confrades.

A festa de distribuiç­ão do bolo ficou mais vazia que em outros anos. Eram 2,5 mil pedaços embalados individual­mente;mas sobrou um agrande quantidade .“Geralmente fazemos uma festa bem maior. Foi uma datazinha danada. Marcamos para as 8h, mas só começou a aparecer mais gente às 9h. E teve gente saindo com 1kg, 2kg de bolo”.

No Santuário Basílica de São Sebastião, a celebração do aniversári­o também perdeu adeptos .“Antigament­e ficava um bolo de gente, o pátio todo lotado. Hoje, está todo mundo puro”, brincou a aposentada Efigênia da Silva, de 82 anos, ques emprevaià missa de1º de março.

O arcebispo do Rio, cardeal Dom O rani João T empesta, disseque a coincidênc­ia com o início do tempo bíblico da Quaresma, de retração e penitência, é um sinal de ‘responsabi­lidade’. “Cada vez que temos notícias de assaltos e violência, te mosque senti resse apelo:amissão de ir às pessoas. O espírito cario cade afeto, prosperida­de e alegria tem que contagiar os outros”.

Uma presença especial brindou a celebração: a imagem de São Sebastião, que chegou ao Rio comas caravelasd­o fundador da cidade, Estácio de Sá, em 1565. A relíquia, restaurada para o aniversári­o de 450 anos, datado século XVI. Ela só aparece em ocasiões especiais, oque emocionou a aposentada Almerinda Costa ,57, que vei ode Salvador para encontrar o santo. “Ele curou meu filho, que usava cade irade rodas e voltou a andar”, disse.

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MAÍRA COELHO Convidados levaram para casa generosas porções do bolo gigante

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