Começa o ano
Na tradição brasileira, o ano começa depois do Carnaval. Antes, são aso calo reo recesso do Legislativo e do Judiciário. Como o Carnaval acabou sendo prolongado até o Desfile das Campeãs, segunda-feira próxima é que as coisas começam a acontecer.
Antes, acrise estava acompanhada da desesperança pelodo governo anteriores eu envolvimento em tantos casos de corrupção. Afastada a presidente, as coisas melhoraram, embora Temer continue a compartilhar o governo com figurasde reputação e passado duvidosos. Ele pensa mais no tamanho de sua base parlamentar do que na sua própria dimensão de estadista, a quem o destino reservou oportunidade histórica. Poderia contar comas forças vivas da nacionalidade, sem perdera poio político, respaldado em ampla aceitação popular. Na verdade, Dilma foi afastada muito mais pelo ‘conjunto da obra’ e impopularidade do que as ‘pedaladas’ que deram cobertura legal ao impeachment.
Comba seno estilo até aqui revelado pelo presidente, justifica se a preocupação coma profundidade das reformas, fundamentais para a retomada do crescimento, do emprego, do ambiente para novos negócios. Previdência inviável eleis trabalhistas inibidoras da geração de empregos clamam por uma atualização realista, sem abrir espaços para uma série de concessões para atendera ou ideológicos. Vamos vernas próximas semanas, se, de fato, os temas entrarem na pautado Congresso e não se meros remendos.
No que toca ao Judiciário, ator que assumiu importância no processo econômico, político e social do país, tu dose resume a um Para combatera impunidade doque tem sido apurado,aprioridade éter minar o iniciado, concluir e facilitara união dos brasileiros debo a vontade.
A demora no listar prioridades e fazer aprovar amodernização que se impõe em mundo tomado pela competição pode ser fatal para o governo e a solução da grave cri seque desorganiza avidado país—domais modestomais importante empresário. E isso sem falar na avaliação da comunidade internacional.
O torpor por tantos casos que beiramà ficção policial e o desânimo com acrise anestesiaram asociedade, que reage de maneira triste. As redes sociais mostram que a justa indignação e cobrança vêm acompanhadas de sentimentos até aqui ausentes no perfil do brasileiro. Intolerância, ódios, prazer como desconforto dos presos, desviando decerta maneira o foco que deve ser da apuração e julgamento dos malfeitos. É preciso que todos se lembrem de que só o amor constrói para a eternidade. Punição, sem humilhação, pelo certo e não pelo ódio.