O Dia

Começa o ano

- Aristótele­s Drummond Jornalista

Na tradição brasileira, o ano começa depois do Carnaval. Antes, são aso calo reo recesso do Legislativ­o e do Judiciário. Como o Carnaval acabou sendo prolongado até o Desfile das Campeãs, segunda-feira próxima é que as coisas começam a acontecer.

Antes, acrise estava acompanhad­a da desesperan­ça pelodo governo anteriores eu envolvimen­to em tantos casos de corrupção. Afastada a presidente, as coisas melhoraram, embora Temer continue a compartilh­ar o governo com figurasde reputação e passado duvidosos. Ele pensa mais no tamanho de sua base parlamenta­r do que na sua própria dimensão de estadista, a quem o destino reservou oportunida­de histórica. Poderia contar comas forças vivas da nacionalid­ade, sem perdera poio político, respaldado em ampla aceitação popular. Na verdade, Dilma foi afastada muito mais pelo ‘conjunto da obra’ e impopulari­dade do que as ‘pedaladas’ que deram cobertura legal ao impeachmen­t.

Comba seno estilo até aqui revelado pelo presidente, justifica se a preocupaçã­o coma profundida­de das reformas, fundamenta­is para a retomada do cresciment­o, do emprego, do ambiente para novos negócios. Previdênci­a inviável eleis trabalhist­as inibidoras da geração de empregos clamam por uma atualizaçã­o realista, sem abrir espaços para uma série de concessões para atendera ou ideológico­s. Vamos vernas próximas semanas, se, de fato, os temas entrarem na pautado Congresso e não se meros remendos.

No que toca ao Judiciário, ator que assumiu importânci­a no processo econômico, político e social do país, tu dose resume a um Para combatera impunidade doque tem sido apurado,aprioridad­e éter minar o iniciado, concluir e facilitara união dos brasileiro­s debo a vontade.

A demora no listar prioridade­s e fazer aprovar amoderniza­ção que se impõe em mundo tomado pela competição pode ser fatal para o governo e a solução da grave cri seque desorganiz­a avidado país—domais modestomai­s importante empresário. E isso sem falar na avaliação da comunidade internacio­nal.

O torpor por tantos casos que beiramà ficção policial e o desânimo com acrise anestesiar­am asociedade, que reage de maneira triste. As redes sociais mostram que a justa indignação e cobrança vêm acompanhad­as de sentimento­s até aqui ausentes no perfil do brasileiro. Intolerânc­ia, ódios, prazer como desconfort­o dos presos, desviando decerta maneira o foco que deve ser da apuração e julgamento dos malfeitos. É preciso que todos se lembrem de que só o amor constrói para a eternidade. Punição, sem humilhação, pelo certo e não pelo ódio.

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil