O Dia

Segurança não pode ser tocada com amadorismo

- Anthony Garotinho Ex-governador do Rio de Janeiro

Aquestão da Segurança Pública deve ser tratada com medidas estruturai­s, e não à ba sede efeitos do marketingo­u de ações paliativas.

Três eixos devem nortear uma política séria, visando à reversão do atual estado de degradação em ques e encontram tanto os índices de segurança quanto, mais especifica­mente, as condições das forças policiais da nossa federação. São eles: foco na prevenção; modernizaç­ão do aparelho policial; e repressão qualificad­a.

Em relação ao primeiro tópico, é fundamenta­l incorporar os jovens entre 16 e 24 anosa o mercado de trabalho eà vida social e comunitári­a. Eles são maioria nos dois principais lados dessa balança. Fazem parte do maior contingent­e de autores e de vítimasda violência. Se não revertermo­s isso, só enxugaremo­s gelo.

Por isso, eles precisam de inclusão. Nesse sentido, a criação de programas de qualificaç­ão é primordial para que esses jovens sejam participan­tes de uma nova ordem econômica e social, na qual seja possível preservar suas identidade­s culturais, suas raízes locais e seus laços coma comunidade.

Quanto ao segundo item, não dá para conviver comum a polícia analógica num mundo digital. Experiênci­as passadas, quando modernizam­os a Polícia Civil, precisam se estender à PM e ao corpo técnico das polícias. Cito especifica­mente medidas exitosas como a criação das delegacias legai se a implantaçã­o do Instituto de Segurança Pública.

Por fim, é importante dizer que, no mundo inteiro, a polícia mais e fi ciente é a que mata menos e prende mais. No Brasil, especial menteno R iode Janeiro, a cultura do conflito tem levado à morte dezenas, centenas de pessoas. Os próprios policiais fazem parte da indesejáve­l estatístic­a.

Por isso, a repressão, que existe em todas as policiais do mundo, deve ser qualificad­a. E isso se faz por meio da implantaçã­o de uma carga horária maior de treinament­os dos policiais, seja com foco na abordagem, seja com foco no conflito em si.

O Brasil não pode continuar tratando um assunto tão sério como a Segurança Pública de uma formas empírica, amadora e irresponsá­vel comovem acontecend­o nos últimos anos. Os números falam por si só: as mortes por arma de fogo no Brasil anualmente equivalem a uma guerra. Isso faz sentido?

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