O Dia

Morte de macaco em Campos levanta suspeita de febre amarela

Possibilid­ade de febre amarela é investigad­a em Campos, vizinho a estado atingido por surto

- Reportagem da estagiária Marina Cardoso

Amorte de um macaco com suspeita de febre amarela causou preocupaçã­o ontem entre a população de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, que faz divisa com o Espírito Santo, estado onde foram confirmada­s mortes pela doença em humanos. A Vigilância em Saúde do município anunciou que irá vacinar amanhã, das 8h às 16h, os moradores do distrito de Conceição do Imbé, onde o animal foi encontrado morto na terça-feira.

De acordo com o órgão, a imunização faz parte do novo bloqueio vacinal determinad­o pela Secretaria de Estado de Saúde para atender distritos que possuam áreas de Mata Atlântica e proximidad­es. A diretor ade Vigilância em Saúde, Andréya Moreira, tentatranq ui lizara população .“Não há motivo para pânico. A vacinação na regiãodo Imbé já estava prevista, conforme determinaç­ão do Estado. Apenas houve uma troca de data para o início do novo bloqueio, que estava previsto para começar em Dores de Macabu (outro distrito da cidade)”, disse.

A nova fase do bloqueio também irá vacinar os moradores de Ibitioca, Serrinha e Morangaba. Andréya ressaltou que o mutirão é apenas uma ação de prevenção. “É importante informar que não há casos de febre amarela no município”, explicou. O macaco foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campos e será encaminhad­o para o Rio, onde passará por análise para saber qual foi areal causa da morte. O médico veterinári­o Jeferson Pires, biólogo do Centro de Reabilitaç­ão de Animais Silvestres (Cras) da Universida­de Estácio de Sá, diz que as pessoas não podem se desesperar. “Macacos morrem naturalmen­te. Muitas vezes os animais aparecem mortos por outros motivos. Agora cabe aos órgãos envolvidos analisar, além de ser feito um monitorame­nto mais intensivo na região. Mas temos que esperar a primeira avaliação. Não há nenhum motivo para as pessoas ficarem com medo”.

No ano passado, 15 primatas morreram em apenas três dias no Rio, a maioria no Jardim Botânico. Um laudo divulgado na época pela Secretaria Municipal de Saúde confirmou que o motivo era herpes de humanos.

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