Policial militar morto no Engenho de Dentro teria reagido a assalto
É o que dizem testemunhas. Ele estava na reserva mas ainda prestava serviços no 3º BPM
Foi enterrado na tarde de ontem o sargento reformado da PM Luiz Carlos Sampaio Silva Mendes, no Cemitério São João Batista, em Botafogo. O corpo do policial foi encontrado na tarde de sábado com marcas de tiros entre as ruas Ana Leonidia e Adolfo Bergamini, no Engenho de Dentro. Ele é o 36º PM morto no estado em menos de três meses de 2017. Ele morava com a esposa e tinha três filhos.
Cerca de 80 pessoas estiveram no sepultamento, inclusive policiais fardados do 3º BPM (Méier), onde o sargento era lotado. Apesar de já estar na reserva, o militar ainda prestava serviços para o batalhão. A cerimônia, no entanto, não contou com honras militares.
Um dos filhos do sargento Luiz, o enfermeiro Romulo Luiz dos Santos Mendes, de 34 anos, comentou sobre a paixão do pai pela Polícia Militar e a influência disto na educação deles. “Meu pai amava essa corporação, dedicou sua vida, certas vezes deixou de ser pai, de ser marido, para estar a serviço da polícia”, contou.
A família agora espera uma atuação do estado no esclarecimento do crime. “Queremos que sejam identificados quem fez isso com o meu pai, um cidadão de bem, que levava sua vida tranquila no bairro onde morava. Queremos justiça”, desabafou Romulo, fazendo questão de destacar que sua família estava recebendo todo o apoio do 3º BPM, onde Luiz Carlos tinha muitos amigos.
FALTA ESCLARECER
A dinâmica da morte de Luiz Carlos ainda não foi esclarecida. Segundo testemunhas, ele teria reagido a uma tentativa de assalto. A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) investiga o caso. Imagens das câmeras de segurança das proximidades de onde ocorreu o crime já foram recolhidas. As investigações estão em andamento, e ninguém foi preso até o fechamento desta edição.