Grande vilão
Filho feio não tem pai. Opinião pública, políticos, sociedade e iniciativa privada apontam possíveis culpados pela recessão pela qual passa o Estado do Rio. Enquanto se discute o DNA desta trágica realidade, capital e, sobretudo, as cidadesdo interior definham coma carência de empregos.
Um dos grandes vilões tem sido os incentivos fiscais concedidos pelo governo do estado para instalação de empresas de médio e grande porte. Em contrapartida, pouco se fala em ‘benefícios fiscais’ concedidos a nichos sociais específicos. Ofa toé que estes grupos contam com liderançase representações ques e organizam e desenvolvem suas defesas. Já às empresas, não lhes resta muito além de fechar.
Co moses abe, amais grave con se quência dissoéo desemprego. Como descomunal aumento deste, também sobem solicitações de‘ benefícios fiscais pessoais’. É quando a conta não bate.
O Sul do estado concentra grande volume de atividades industriais. Muitas destas empresas, as maiores e mais musculosas, desembarcaram há menos de uma década. Agora, coma determinação do Judiciário de proibir a manutenção e a liberação de novos incentivos, muitos destes grupos já iniciaram processo de migração para estados que os seduzem com reluzentes ofertas de renúncias fiscais. O reflexo de tal cenários ã opostos de saúde fechados ousem suprimentos; salários de servidores em atraso; professores em greve; não pagamento de fornecedores; e, sobretudo, o tal desemprego.
Creio na importância de discutir formas eficientes e controladasde incentivos fiscais, comum diferencial: transparência. A descobertade supostos acordos fraudulento socorridos não deveria interromper toda uma política pública exitosa em tantas outras iniciativas. Pode-se e deve-sere ver contratos, aplicar rigor, acompanhar resultados e cobrar os reflexos sociais a municípios.
Coma partida destas empresase como agravamento da falta depostos de trabalho, também fechamas portas pequenos produtores, autônomos, comércio, prestadores de serviços e, sobretudo, o Executivo Municipal. A economia regional sucumbe em m ei oàqued as de braço intelectuaise políticas e decisões passionais das grandes instituições. A paternidade da crise precisa, sim, ser desmistificada. Mas com cautela e consciência. Mais um movimento em falso, e o Rio poderás e transformar num amontoado de galpões vazios.