Trump paga R$ 60 bilhões para a Nasa ir até Marte
Presidente dá prazo para missão tripulada até 2030 e não descarta parcerias com empresas privadas, mas quer garantir a hegemonia na exploração espacial
Se depender de Donald Trump, o homem pisa em Marte antes de 2030. O presidente assinou ontem lei que repassa US$ 19,5 bilhões (R$ 60 bilhões) à Nasa para o atual ano fiscal. Trump disse estar encantado em sancionar a lei em cerimônia no Salão Oval da Casa Branca, onde estava acompanhado dos congressistas que elaboraram o projeto, do vice-presidente do país, Mike Pence, e de autoridades da Nasa. Ganhou uma jaqueta da agência de brinde.
“Essa lei reafirma nosso compromisso nacional com a missão central da Nasa”, destacou Trump, afirmando que quer garantir a manutenção dos projetos mais importantes da agência e que os EUA seguem como “líderes totais” da exploração do espaço, a despeito dos programas europeu e chinês, que nos últimos anos avançaram bastante, além do russo, em plena atividade.
O presidente também citou a importância da transição das atividades de exploração espacial para o setor privado. Em 2011, a Nasa encerrou os voos dos ônibus espaciais e, desde então, depende da Rússia para levar astronautas à Estação Espacial Internacional. Várias empresas privadas, entre elas a Boeing e a SpaceX, estão trabalhando a fim de realizar missões tripuladas para levar astronautas americanos à estação sem depender de outros países já a partir do ano que vem.
Mas homem em Marte, por ora, só mesmo nas telas do cinema — como a aventura estrelada por Matt Damon. Mandar uma nave tripulada para o Planeta Vermelho é uma missão extremamente complexa e ambiciosa. Boa parte da tecnologia necessária nem sequer foi tirada do papel, muito menos testada. A esperança será mesmo trabalhar em conjunto com a SpaceX.
Hoje, há oito missões ativas em Marte. Seis estão em órbita, e a mais antiga é a Odyssey, que decolou em 2001. Duas estão em terra: os robozinhos Opportunity e Curiosity, que estão praticamente em lados opostos.