OS USADOS ESTÃO NA MODA
Especialistas dão orientações de manutenção e busca por seminovos, que viraram a nova preferência nacional no mercado
Acrise econômica no país mudou a perspectiva do mercado de automóveis nos últimos anos. Em meio a um cenário de desemprego e instabilidade, os compradores elegeram os seminovos como os novos ‘queridinhos’, deixando de lado o zero quilômetro como sonho de consumo. O assunto é tema do especial ‘Usado na moda’, que busca orientar os leitores do DIA com dicas no momento da compra e manutenção, para evitar que o comprador entre numa fria. A reportagem entrevistou 17 especialistas, que trabalham em concessionárias, revendas e centros automotivos na região metropolitana do Rio.
Levantamento da Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip) registrou aumento de 8,6% no financiamento de usados em fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, com 233.923 unidades vendidas no país. Por outro lado, a queda na procura pelo zero quilômetro foi de 12,9% em relação a fevereiro de 2016, com 117.322 veículos novos. Ao todo, foram 351.245 unidades vendidas, entre automóveis leves, motos e pesados.
Para especialistas, a palavra de ordem para comprar um usado é analisar o histórico do veículo. “É necessário checar quantos donos o carro já teve, assim como verificar se ele já foi oferecido em leilão”, explica Willian Alves da Raiff Automóveis, revenda de usados. “Os carros que oferecemos aqui têm seu histórico checado junto ao Detran via sistema de consulta. Quando é um Volkswagen, checamos com a fábrica para obter dados como quilometragem e manutenções realizadas. Veículos das demais montadoras, nós analisamos os registros no manual do proprietário”, esclarece Ana Maria, da Distac Automóveis, que só vende Volkswagen.
Para ter a certeza da natureza do carro, o ideal é sque ele passe por uma perícia. “Eu pago um perito para examinar o carro usado que um cliente quer deixar na troca por um novo. Daí, eu vejo se há ilegalidades, como motor remarcado, chassi adulterado, algum sinistro. O laudo é a prova real”, explica Rui Machado, da concessionária Dig/Dive.
“É necessário checar quantos donos o carro já teve, assim como verificar se ele já foi oferecido em leilão” Willian,Raiff Automóveis