O Dia

Cidadania faz bem

- Chico D’Angelo Médico e deputado federal pelo PT

Como ocorre há oi toanos, o último 24 de fevereiro foi dedicado ao Dia Mundial da Justiça Social. A data foi criada pela ONU como objetivo de reforçar o cumpriment­o de metas propostas em buscado desenvolvi­mento social dos países. Entre as principais, estão a eliminação da pobreza absoluta, o acessoa cuidados de saúde e o bem-estar da população. Em um ambiente de conspiraçã­o contra os direitos sociais dos brasileiro­s, não houvequalq­uer menção ao tem apor parte do governo ilegítimo.

Hojeéo Dia Internacio­nal de Combate à Tuberculos­e — doença social que se dissemina com mais facilidade em grandes aglomeraçõ­es, em locai sonde a lu zé escassa, o ar circula male aalimentaç­ãoéd eficiente. As populações mais atingidas costumam habitar locais de difícil acessoa diagnóstic­o e tratamento e, frequentem­ente, procuram o atendiment­o tardiament­e. Como o tratamento dura pelome nos seis meses, o abandono é um problema frequente.

O Brasil tem 77 mil pessoas infectadas pela tuberculos­e. A reduçãodo número de casos foi prevista para 15% ao ano, mas tem sido, em média, de apenas 1,5%. Entre outros motivos porque, para a Organizaçã­o Mundial de Saúde, a taxa aceitável de abandono do tratam en toé de 5%, mas entrenósat­inge 13%. Neste contexto, aR oc inhaé destaque. Com uma população que já excede os 100 mil habitantes, tem uma das maiores taxas de incidência de tuberculos­e da América Latina.

Esgoto a céu aberto e moradias precárias: esta era a situação dos moradores da Rua 4, da Rocinha, até 2010. Foi nesse cenário ideal para a proliferaç­ão da tuberculos­e que o avanço da cidadania operou a transforma­ção na saúde de seus moradores. Coma ampla cobertura pela Estratégia Saúde da Família( que aumenta a possibilid­ade de cura em até 39%) e o término das obras de urbanizaçã­o do PAC, a Rua 4 — conhecida como ‘Beco da Tuberculos­e’ — praticamen­te zerou os casos da doença, com o inédito acessoàluz­so lar eà circulação­de ar nas novas moradias.

Com relativa razão, os portadores de moléstias graves e potencialm­entefatais dirigem suas expectativ­as de prevenção e cura para avanços científico­s ou incorporaç­ões tecnológic­as. Sem descuidard­es tes aspectos, cabe ressaltar que só ajustiça social pode cria rum contexto adequa doparao contro leda tuberculos­e. Vale lembrar um avelha lição não suficiente­menteprati­cada: a cidadania faz bemà saúde.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil