O Dia

Temer já admite negociar as aposentado­rias rurais

Para presidente, mudança pode facilitar aprovação da Reforma da Previdênci­a

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Opresident­e Michel Temer admitiu ontem mexer em itens da Reformada Previdênci­a que tratam da aposentado­ria de trabalhado­res ruraise dos benefícios par apessoas com deficiênci­a e idosos de baixa renda com mais de 65 anos de idade. A Proposta de Emenda Constituci­onal (PEC) 287, em análise na Comissão Especial da Câmara, prevê que a contribuiç­ão para o INSS do trabalhado­r rural passe a ser individual e se torne obrigatóri­a. Já par aos Benefícios de Prestação Continuada( B PC) a proposta eleva para 70 anos a idade para concessão. Temer não deu detalhes de como seriam as alterações.

A reforma determina que o trabalhado­r passe a contribuir com alíquotas menores doque as dos demais trabalhado­res, que paga mentre 8% e 11%. Eles teriam uma idade mínima de 65 anos para aposentado­ria, com 25 anos de contribuiç­ão. Na regra atual, a aposentado­ria é garantida para trabalhado­res rurais que contribuír­am ou não coma Previdênci­a aos 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens).

“Precisamos aproveitar este momento de apoio do Congresso para fazer a reforma, que não prejudicar­á ninguém. A questão dos trabalhado­res rurais, a questão dosd eficientes, eu compreendo, e nós podemos ainda negociar, de modo a aprovara reforma ”, disse Temer na abertura da 10ª conferênci­a do Bank of America Merrill Lynch, em São Paulo.

O presidente afirmou ainda que se a reforma não for feita agora, terá que sair daqui a três anos. Caso contrário, acrescento­u, “em sete anos paralisamo­s o Brasil”. Segundo ele, todos os estudos estatístic­os mostram que senão houver reformulaç­ão previdenci­ária, em 2024 o país só terá verbas para pagar servidores públicos.

Para o deputado federal Alessandro Molon (RedeRJ), o governo deveria rever toda a PEC. “A proposta enviada pelo governo é cruel com os trabalhado­res rurais e com pessoas com deficiênci­a, mas também perversa com diversos outros segmentos da sociedade”, adverte Molon.“O governo quer que a população trabalhe até morrer. Isto é inadmissív­el”, critica.

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ESTEFAN RADOVICZ / ARQUIVO Para Molon, ‘governo quer que a população trabalhe até morrer’

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