TCE sofre devassa, e ajuda federal ao Rio acaba adiada
POLÍCIA FEDERAL PRENDE CINCO CONSELHEIROS DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO, TODOS ACUSADOS DE CORRUPÇÃO JORGE PICCIANI, PRESIDENTE DA ALERJ, É LEVADO PARA DEPOR E TEM COMPUTADORES E DOCUMENTOS APREENDIDOS PELA PF INCERTEZA POLÍTICA NO RIO FAZ COM QUE PARLA
A Operação Quinto do Ouro levou para a cadeia o presidente do TCE e quatro conselheiros do órgão que fiscaliza as contas do governo estadual e de 91 prefeituras — todos acusados de cobrar propinas milionárias. PF investiga se Jorge Picciani, presidente da Alerj, coordenava esquema de corrupção.
Aoperação determinada pelo ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ‘fechou’ o Tribunal de Contas do Estado (TCE) com a prisão de cinco dos sete conselheiros do órgão responsável por fiscalizar o dinheiro público administrado pelo governo estadual e 91 prefeituras. Também foi preso um ex conselheiro, já aposentado. Eles são acusados de integrar esquema de recebimento de propina de empresas de ônibus, fornecedores de quentinhas e prestadores de serviço doestado. AC orteé um órgão auxiliar da Assembleia Legislativa. O presidente da Casa, Jorge Picciani, do PMDB, foi levado coercit iva menteàPo lícia Federal par aprestar prestar depoimento.
Os pilares da investigação são as delações premiadas do ex-presidente da Corte, Jonas Lopes, e seu filho, o advogado Jonas Lopes Neto, que estão fora do país, como O DIA revelou. Jonas foi denunciado por executivos de empreiteiras investigadas pela Lava Jato, como a Andrade Gu ti errez.
Duzentos agentes da PF cumprir amosseis mandados de prisão temporária de cinco dias, 20 mandados de busca e apreensão e 17 de conduções coercitivas. A operação foi batizada de ‘Quinto da Coroa”, imposto correspondente a 20% que a Coroa Portuguesa cobrava dos mineradores de ouro no Brasil Colônia.
As ações ocorreram no TCE, prédios da AlerjenoPa lácio Guanabara, co mono gabinete do secretário de Governo, Henrique Affonso Monnerat, homem forte do governador Luiz Fernando Pezão. Monneratfoil evado aind aparas er ouvidona PF. O subsecretário de Comunicação do governo estadual, Marcelo Santos Amorim, prestou depoimento. Eleé casado coma sobrinha da mulher de Pezão, Maria Lúcia Horta Jardim. Em nota, o governo do estado afirmou que desconhece o teor das investigações da PF e está à disposição da Justiça para esclarecimentos.
Estão presos o presidente do TCE, Aloysio Neves, e os conselheiros José Gomes Graciosa,Domingos B razão, Marco Antônio Alencar e José Maurício No lasco, além do ex conselheiro Aluísio G amade Souza. No esquema de propina, segundo as investigações, estaria a Fetranspor, federação de empresas de ônibus. A entidade que comanda o Riocard recebe do estado até R$ 600 milhões para o subsídio do Bilhete Único intermunicipal e o TCE faria‘ vista grossa’ na fiscalização da contabilização dos recursos. O presidente Lélis Teixeira foi levado coercitivamente à PF. A Fetranspor nega envolvimento em qualquer irregularidade.
Os conselheiros ainda teriam recebido propina para viabilizar o uso de R$ 160 milhões do fundo especial do TCE para a alimentação de presidiários. Outra investigada seria a Facility que chegou ater contratos co moestado de mais de R$ 3 bilhões. A PF apreendeu, nase deda empresa Prol, documentos que seriam da Facility, de Arthur Soares, que estaria nos EUA.
Conselheiros são suspeitos de receber propinas para fazer vista grossa na fiscalização do uso de recursos do estado