O Dia

Dinheiro a metro cúbico

- Fernando Scarpa Psicanalis­ta

Delações rimam com milhões, bilhões e ladrões. E as semanas vão passando repletas de depoimento­s que já não trazem mais aquele grande impacto. Afinal, a corrupção é endógena, esperada no jogo viciado da política brasileira, em que só mudam os atores e não adinâmica.

Adi ferençaé que hoje sabemos a intimidade da plutocraci­a; todos os envolvidos sacavam afundo perdido no Banco Odebrecht,a instituiçã­o camaradado Tio Emílio que atendia a desejos de toda a ordem. Muito generoso com o dinheiro do povo, deixava fazer retiradas sem precisar pagar. Ninguém acreditava, no meio dessa farra, que o risco poderia ser dar com os costados em Curitiba ou em Bangu.

Ao que tudo indica, a empreiteir­a também funcionava como uma espécie de serviço social, atendendo os ricos políticos e outros necessitad­os da máquina governamen­tal, liberando uma verba extra, para, assim, reformar uma cozinha, um sítio ou até mesmo resolver o Carnaval de uns e outros sempre, garantindo um lugar em camarotes da Sapucaí. Tudo, claro, referido como auxílio de campanha.

Irritado, o procurador que interrogav­a o patriarca da Odebrecht, habituado a 30 anos na corrupção, muito à vontade, não se deu conta que estava diante da lei, falando o idi omada bandidagem sema menor cerimônia.

A votação do projeto de abuso de autoridade, a dia da,é necessária:afinal de contas,di antede todas asr eve lações,“é precisos e proteger dos folgados da lei que abusam da autoridade para puni-los”, diz a voz corrupta, irada, que não quer ser contida, quer é sempre mais! Onde já se viu isso? Não pode.

Essa turma que está presa poderia ter como pena consertar o que destruiu; eles sab emas manhas da corrupção e depois de tudo seria educativo e hilário vê los atuando como honestos. Já imaginaram?

Tudo queé reveladona­s investigaç­ões e delações produz pilhas de papel, por contado desvio e da distribuiç­ão do dinheiro do povo. Os valores mencionado­s dificultam para nós cidadãos imaginaram assa, o volume correspond­ente a esses valores. Se fala em bilhão e milhão comum a naturalida­de admirável. É muita grana,é dinheiro a metro cúbico inimagináv­el para nós simples e pobres mortais.

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