Moro acelera rumo à sentença
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Ojuiz federal Sérgio Moro negou ontem uma série de pedidos feitos pela defesa do expresidente Lula e fixou prazos para as alegações finais da acusação e da defesa, demonstrando a intenção de encerrar o julgamento do petista rapidamente. Moro também rejeitou solicitações de novos depoimentos, feitas pelo Ministério Público Federal.
Tanto os advogados de Lula quanto os procuradores da força-tarefada Operação Lava Jato solicitaram o depoimento da arquitetada empreiteira OASJess ica Monteiro Mal zone. Moro negou a oitiva“por não reputara prova relevante”.
A defesa também pediu que aO AS informasse as empresasquere alizariam auditoria no grupo eque estas fosseminstadas a informar" se teriam conhecimento se o acusado Luiz Inácio Lu lada Silva teria praticado algum ilícito ouse houve irregularidade na transferência do empreendimento Solaris da(cooperativa) Bancoop para a OAS”.
Moro considerou que “a provaé absolutamente desnecessária ”. Para ojuiz,“é dese presumir que os acertos de corrupção entre o presidente da OAS e o ex-presidente da República, acaso existentes, não eram informados pelo primeiro às auditorias, nem porela detectados, já que realizados em segredo ”. Os defensores de Lula queriam também ouvir os responsáveis pelo Plano de Recuperação Judicial da O AS a respeito do triplex. Moro rejeitoumai suma vez. O magistrado disse estar“bem demonstradopela Defesa que o referido apartamento foi incluído, em março de 2016, entre os bens de titularidade da OAS na recuperação judicial”.
“Se a inclusão do apartamento na recuperação judicial é ou não relevante para o julgamento, é uma questão que será apreciada na sentença ”, disse Moro.
Na ação julgada por Moro, Lula é acusado pelo MPF de ter recebido o triplex da OAS como parte de pagamento de propina em trocado fav ore cimentoàempreit eira O AS em contratos da Petrobras.
O MPF, por sua vez, havia apontado três novos nomes para serem interrogados, que Moro descartou, por considerá-los“irrelevantes”.
O juiz da lava Jato aproveitou o despacho para fixar os prazos para as alegações finais, que começam acorrer um dia após o último interrogatório,previsto para o dia 24.
O MPF, tem até 2 de junho paras e manifestar. As defesas terão nove dias úteis, a contar a partir de 7 de junho. A partir de 21 de junho, o processo estará nas mãos de Moro, para promulgação da sentença.