O Dia

Pressão popular faz governo adiar votação da PEC 287

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O presidente Temer disse ontem que o governo espera votar apenas o primeiro turno da Reforma da Previdênci­a na Câmara na última semana deste mês ou na primeira de junho, porque ainda não tem votos suficiente­s, mas que os líderes partidário­s estão levantando as resistênci­as na base.

O cronograma inicial do governo era ter a reforma votada em dois turnos na Câmara até a metade deste mês. Mas os planos foram postergado­s devido à pressão popular. Temer atribuiu a dificuldad­e de o governo fechar os votos na Câmara a “informaçõe­s distorcida­s” que teriam sido passadas à população sobre as medidas que seriam aprovadas.

“É claro que o governo apreciaria votar isso o mais rapidament­e possível. Mas temos também critérios para fazer essa avaliação. Cada líder de cada partido está levantando nome por nome porque não adianta ter 290 votos e levar para o plenário”, disse.

“Você só leva para o plenário se tiver 320, 330 garantidos para assegurar os 308 votos necessário­s. Então o objetivo, talvez na última semana de maio, talvez na primeira semana de junho, se consiga votar o primeiro turno”, explicou.

Sobre a Reforma Trabalhist­a, ele informou que deve vetar a cláusula que permite a mulheres gestantes trabalhare­m em ambientes insalubres com atestado médico, um dos pontos mais criticados no Senado. Mas diz que, em princípio, não deve vetar outros artigos.

Na semana passada, o presidente se reuniu com a bancada do PMDB no Senado Casa e foi acertado que, para evitar que o texto tenha de voltar à Câmara, Temer poderia vetar alguns pontos e editar uma medida provisória para acertar outros.

“Vou examinar com muito cuidado para ver o que eu coloco na MP, se for necessário”, afirmou Temer.

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