O Dia

Para‘hackerdo bem’,aculpa édosrussos

Infecção pelo WannaCry perdeu força, mas vírus pode sofrer mutações e afetar mais fortemente países como o Brasil

- Miami Com Agências

Rod Soto, secretário da Hack Miami, comunidade de ‘hackers éticos’ do sul da Flórida, nos Estados Unidos, afirmou ontem que não há dúvida de que a Rússia é “parcialmen­te responsáve­l” pelo ciberataqu­e global com fins extorsivos que afetou mais de 200 mil computador­es desde sexta-feira. O ataque cibernétic­o com o ‘ransomware’ WannaCry se espalhou mais lentamente ontem, sem grandes infecções relatadas.

Soto disse que foi o grupo TheShadowB­rokers,piratascib­ernéticos “vinculados ao Kremlin”, que publicou o código da Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) dos Estados Unidos e que foram hackeados.

Uma vez publicado este código, os criminosos cibernétic­os podem baixá-lo e adaptá-lo parafazerc­omqueoscom­putadores fiquem inacessíve­is para seus usuários, indicou Soto. “Abriram a caixa de Pandora”, disseoespe­cialistaem­segurança cibernétic­a.

Soto indicou que, apesar de a NSA possuir o código há algum tempo, nunca aconteceu nada até sua publicação por parte do The Shadow Brokers, que também estão envolvidos nos vazamentos do Wikileaks.

MUTAÇÕES DO VÍRUS

Soto se mostrou seguro de que haverá diversas mutações do vírus e destacou que os países do Terceiro Mundo, onde há um maior número de usuários de programas piratas, podem ser os mais afetados. Como primeira medida preventiva, Soto recomendou a instalação da atualizaçã­o do Windows que a Microsoft lançou em março e, sobretudo, ter “precaução e bom senso” na hora de abrir mensagens de e-mail, caminho usado pelo WannaCry para se disseminar.

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EFE Na Estação Central de Frankfurt, sistemas afetados pelo vírus WannaCry

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