Ex-governador Cabral vira réu pela décima vez, agora junto com a ex-mulher e o irmão

M PF denuncia ex-governador mais uma vez por lavagem de dinheiro

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral se tornou réu pela décima vez ontem. Ele foi denunciado por lavagem de dinheiro com a ex-mulher Susana Neves e o irmão Maurício Cabral. Também vão responder pelo processo o empresário Flávio Werneck, dono da FW Engenharia, Alberto Conde, contador da FW, e um dos acusados de ser operador do esquema Carlos Miranda, que já é réu ao lado de Cabral em outros processos.

O Ministério Público Federal (MPF) relata que os episódios de lavagem listados na denúncia se referem ao uso da empresa Survey Mar e Serviços Ltda, ligada a Werneck, para dar aparência lícita ao pagamento de R$ 1,7 milhão em propina.

Os pagamentos feitos pela Survey ocorreram em função de benefícios recebidos pela FW Engenharia, de propriedade de Werneck, em contratos com o governo do Estado do Rio na gestão de Cabral, segundo a denúncia. “Entre 2007 e 2014, o volume de contratos da empresa com o governo aumentou 37 vezes”, diz o MPF em nota.

Segundo a denúncia, o responsável pela operacionalizaçãodos pagamentos era Alberto Conde .“Os pagamentos eram realizados por orientação de Flávio Werneck, que depositava na conta do Survey, por meio da FW Engenharia, os valores repassados a empresas de fachada ”, segundo procuradores.

O MPF defende que a Araras Empreendimentos, de Susana Neves, fachada. E entre outubro de 2011 e dezembro de 2013, houve 31 depósitos da Survey em favor da Araras, de R$ 1.266.975.

Maurício teria sido beneficiado.“Em 24 de novembro de 2011, foi identificado o depósito de um cheque emitido pela Survey em favor da Estalo Comunicação Ltda no valor de R$240mil”,d izo M PF. AEst aloé empresa depr estação de serviços de publicidade de Maurício. O pagamento corresponde aquase 50% da receita bruta declarada pel aS urveyem2011—R $534.982.