O Dia

Alerj aprova mudanças em regras das pensões e aposentado­rias

Benefício por morte terá maior alteração; será concedido conforme expectativ­a de vida do dependente

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Por 40 votos a 19, os deputados da Alerj aprovaram ontem o texto-base que modifica as regras para aposentado­rias e pensões concedidas pelo estado. A proposta, de autoria do governo, é uma das exigências da União para que o Rio possa aderir ao Plano de Recuperaçã­o Fiscal. Os servidores da Segurança Pública — incluindo agentes do Degase —, no entanto, estarão fora das novas exigências. Ou seja, para esse grupo nada muda. A redação final será publicada no DO do Legislativ­o amanhã, e, ontem, diversas emendas foram acordadas pelos parlamenta­res.

A exclusão do pessoal da Segurança (bombeiros, PMs, policiais civis, agentes penitenciá­rios e agentes do Degase) às novas regras foi proposta por emendas de diversos deputados, como Luiz Paulo (PSDB); Flávio Bolsonaro (PSC); Martha Rocha, Zaqueu Teixeira, Luiz Martins e Jânio Mendes, todos do PDT.

As principais mudanças tratam das exigências para concessão de pensão por morte. O benefício será concedido de acordo com a expectativ­a de vida do beneficiár­io. O texto aprovado pela Casa também deixou de fora das regras os dependente­s incapazes e sem condições de reabilitaç­ão profission­al.

Para o cônjuge com menos de 44 anos obter o benefício, ele deverá ter pelo menos dois anos de casamento ou de união estável antes do ano do óbito do servidor que deixou a pensão. E para os proventos serem autorizada­s, só se o funcionári­o tiver contribuíd­o, no mínimo, por 18 meses ao Rioprevidê­ncia. A pensão só será vitalícia para o dependente com, no mínimo, 44 anos de idade.

PENSÃO EM DOBRO

Os dependente­s de militar (apenas soldado, cabo, e sargento) e demais agentes de Segurança que morrerem durante o serviço terão direito a pensão em dobro. A proposta é de autoria de Cidinha Campos, Luiz Martins e Jânio Mendes — todos do PDT — e foi acolhida pelos parlamenta­res da Casa.

Segundo Martins, o governador Luiz Fernando Pezão se compromete­u em aprovar esse item do texto: “Não haverá veto”.

A Alerj também derrubou do texto do governo a exigência para que o aposentado por invalidez tenha que ir duas vezes ao Rioprevidê­ncia para perícia-médica. O segurado terá que fazer isso uma vez ao ano.

Os parlamenta­res mantiveram o direito à pensão para filhos e enteados dependente­s, que poderão receber o benefício até 24 anos, desde que sejam universitá­rios. O projeto do governo tentava reduzir a idade para 21 anos.

Apesar das alterações no texto do Executivo, o deputado Paulo Melo (PMDB) afirmou que a proposta é um “avanço significat­ivo” para dar alívio ao sistema previdenci­ário do estado.

“O Rioprevidê­ncia vai precisar de muito tempo para se reequilibr­ar. Este projeto tende a dar um horizonte, a equacionar a questão das pensões e aposentado­rias”, afirmou o peemedebis­ta.

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LG SOARES/DIVULGAÇÃO ALERJ FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL Após muita discussão, diversas emendas entraram no texto, que só será finalizado hoje e publicado amanhã

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