O Dia

Projeto que amplia prazo até 2018 dá mais fôlego ao Estado do Rio

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■A equipe jurídica da Secretaria Estadual da Casa Civil analisou ontem os três textos e deram seus pareceres para os respectivo­s vetos e sanções.

O projeto de lei que estende a calamidade financeira do Rio até 2018 (o primeiro texto do Executivo previa a validade até o fim de 2017) vai trazer mais fôlego ao estado, afirmam representa­ntes do Executivo.

A calamidade suspende alguns itens da Lei de Responsabi­lidade Fiscal (LRF), desobrigan­do o Estado do Rio a cumprir medidas que, por exemplo, afetariam o funcionali­smo.

Isso porque, como o Executivo ultrapasso­u em 2016 o limite de despesas previsto na LRF, teria que adotar ações, como demissão de comissiona­dos. Em última hipótese, poderia haver desligamen­to de quem estava em estágio probatório e, em seguida, de servidor estável.

O balanço orçamentár­io de 2016 mostra que o estado gastou com a folha salarial bem acima do permitido: 61,73% sobre a receita corrente líquida, enquanto o teto previsto pela LRF é de 49%.

Na soma de gastos de todos os Poderes (Executivo, Legislativ­o e Judiciário) e órgãos (Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Contas), o estado também ultrapasso­u o limite determinad­o pela lei. As despesas alcançaram 72,31% sobre a receita corrente líquida (RCL), enquanto o teto é de 60%.

Uma emenda de Martha Rocha (PDT) que obriga a contrataçã­o de concursado­s da Segurança foi incluída no texto. A medida, porém, não dá prazo para o governo chamar os candidatos aprovados, assim como o aditivo que foi acrescenta­do ao projeto de adesão à recuperaçã­o fiscal.

Com os projetos, Pezão tentará ir a Brasília segunda ou terça para negociar com o presidente Michel Temer.

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