O Dia

WR-V é eficiente. Mas caro demais

Versão EXL CVT do Honda teve bom desempenho. Mas não vale o preço cobrado, acima dos R$ 80 mil

- LEANDRO EIRÓ leandro.eiro@odia.com.br

Seja um derivado do Fit ou não, a Honda acerta com o WR-V, pois SUV é a carroceria que o brasileiro quer. Preferimos não entrar na discussão de parentesco e examinar o jipinho urbano, que agrada pela dirigibili­dade e desempenho — passamos uma semana com uma versão topo EXL CVT, que custa R$ 83.400. No Brasil, julgamos a avaliação de um carro sempre difícil pela questão do preço. Sintetizan­do: gostamos de conviver com o WR-V, mas a conta acima dos R$ 80 mil não fecha. Falta assento em couro, teto solar, comando um toque para todos os vidros elétricos — veja! — entre outros, para valorizar o quanto se paga.

Bem, fechando na análise do perfil do carro, podemos dizer tranquilam­ente que o Honda WR-V é um produto bem acabado. Ele tem design, bom acabamento apesar de nada excepciona­l, espaço e desempenho sob medida, conectivid­ade e prazer de dirigir. Sob sua carroceria, está o conhecido motor 1.5 flex de 115/116 cv e 15,2/15,3 kgfm de torque (gasolina/etanol) orquestrad­o por câmbio CVT.

Esta combinação, entregue aos desafios de dirigir numa metrópole como o Rio de Janeiro, é muito apropriada, mesclando com maestria desempenho e conforto dentro do perturbado perfil do trânsito urbano. A direção elétrica, leve que só, é um belo mimo para o sem fim de conversões e manobras necessária­s na locomoção pela cidade.

Diante das milhares de irregulari­dades do nosso asfalto, a suspensão deste Honda faz um trabalho regular de absorção, o suficiente para evitar reprovaçõe­s. O conjunto se mostra melhor na tomada de curvas, mostrando muita agilidade ao conter a carroceria. Em conjunto com a direção, é oferecido ao motorista um carro ‘na mão’. Quando vazio (condição unânime no nosso teste) é pura diversão tocar o jipinho pelas ruas.

BOM ISOLAMENTO ACÚSTICO

De grande importânci­a também em um carro de aptidão urbana, o isolamento acústico é bem resolvido. Neutraliza de forma eficiente a horda de ruídos, como em uma Avenida Brasil em horário de grande movimento. O barulho que invade considerav­elmente a cabine é do motor quando queremos respostas rápidas — uma pisada funda no acelerador dá trabalho pesado para a unidade via câmbio CVT, resultando naquele grito que não necessaria­mente significa desempenho. Bem sinalizado, o conjunto mecânico do WR-V não lhe permite retomadas elogiáveis, apesar de uma situação típica para tal, como uma ultrapassa­gem, não ter sido testada pois não chegamos a circular em rodovias.

Quais são então as falhas do WR-V? Na nossa percepção, faltam-lhe apenas equipament­os que justifique­m o preço de R$ 83.400. Além dos que citamos acima, nem como opcional o SUV pode

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