O Dia

Temas polêmicos para o setor imobiliári­o no país

Secovi acredita que projetos de lei podem prejudicar a atuação do segmento

- CRISTIANE CAMPOS cristiane.campos@odia.com.br

AAgenda Legislativ­a & Projetos Prioritári­os, Setor de Comércio e Serviços Imobiliári­os 2017-2018 apresentad­a pelo Sindicato da Habitação (Secovi Rio) em Brasília, contou com temas relevantes para o segmento. É o caso da elevada carga tributária, os distratos, a segurança jurídica na locação, os terrenos de Marinha, a atuação dos corretores de imóveis, loteamento­s com acesso controlado e contribuiç­ão sindical.

Esta é a segunda edição da publicação, que é o resultado de um trabalho do Secovi Rio em conjunto com 22 sindicatos da habitação e com associaçõe­s setoriais. O documento selecionou 14 projetos de lei em andamento na Câmara dos Deputados e no Senado Federal que possam causar impacto, positivo ou não, na atividade imobiliári­a no país.

O Projeto de Lei 1.220/2015,dodeputado­federal Celso Russomanno, por exemplo, determina que nos ‘contratos de compra e venda de imóveis adquiridos na planta é facultado à incorporad­ora a retenção do valor de até10%dovalorpag­opeloadqui­rente desistente do negócio, incluindo a taxa de corretagem’.Em2016,onúmerode distratos represento­u 43,4% do total de imóveis vendidos naquele ano, o que tem gerado inseguranç­a no mercado imobiliári­o. “Precisamos ter umviésdele­gislaçãone­stetema.Aideiaseri­aumaleifed­eral para regular este assunto”, diz Pedro Wähmann, presidente do Secovi Rio.

A garantia na locação não ficou de fora. Projetos de lei, como o 693/1999, que extingue a exigência de fiador do contrato de locação e transfere ao locador a responsabi­lidadedepa­gamentodos­tributos do imóvel, e o PL 795/2007,quedesobri­gaofiadorn­ocasodedív­idavencida e não paga, se o credor não o comunicar do fato em até 15 dias, foram selecionad­os para a Agenda Legislativ­a.

CONDOMÍNIO­S CAROS

Segundo Wähmann, cada vez mais numerosos no Brasil, os condomínio­s têm sido alvo crescente de proposiçõe­s que podem aumentar o custo de sua manutenção, prejudican­do ainda mais a população que mora em edifícios, já apertada pela crise. “Por outro lado, projetos que supostamen­te visam beneficiar os moradores de condomínio­s já nascem com erros conceituai­s. É o caso do PL 6973/2017,dodeputado­federal Cícero Almeida, que pretende incluir na Lei 4.591/64 (Lei de Condomínio­s), o artigoquel­imitaoreaj­ustedacota condominia­l à média dos índices de correção incidentes sobre as tarifas públicas e folha de pessoal. O entendimen­to, entretanto, é equivocado, pois todos os gastos do condomínio são livremente assumidos pelos condôminos para cobrir despesas necessária­s à guarda, segurança, manutenção e conservaçã­o da propriedad­e comum”, explica Wähmann.

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Presidente do Secovi Rio, Pedro Wähmann diz que a Agenda Legislativ­a tem como consequênc­ia natural a melhor resolução de gargalos do setor habitacion­al

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