O Dia

Poupança rende 4,37 % acima da inflação, maior retorno dos últimos 11 anos

É o maior retorno dos últimos 11 anos para quem deixa dinheiro na caderneta

- Reportagem da estagiária Marina Cardoso sob supervisão de Max Leone.

Acaderneta de poupança continua favorável para quem tem um dinheiro que sobrou e pretende guardar. Com a queda da inflação, a rentabilid­ade da mais tradiciona­l aplicação financeira no país sobe mês a mês. No acúmulo de um ano até maio, a poupança teve ganho real de 4,37%, descontand­o a inflação, segundo dados da provedora de informaçõe­s financeira­s Economatic­a. A taxa de retorno é a maior desde 2006, quando atingiu 5,1% na mesma base de comparação.

Conforme o IBGE, o IPCA, o índice que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,31% em maio, o que gerou variação de 3,60% em 12 meses. Por conta disso, a rentabilid­ade real mensal da poupança no mês passado também foi positiva, em 0,27%, o que confirma a tendência de alta.

A caderneta sempre foi a principal opção para muitos brasileiro­s na hora de juntar dinheiro, por ser um dos investimen­tos mais simples. Além da rentabilid­ade, a conta-poupança apresenta vantagens, como ser livre de pagamento de Imposto de Renda, taxa de administra­ção, entre outros.

Com o resultado de maio, ela se torna cada vez mais atrativa para o pequeno investidor, que conseguiu segurar alguma quantia no fim do mês.

“A poupança neste momento é bastante atraente em relação à inflação. É uma aplicação comum, pois permite investimen­tos automático­s. E agora, ela se torna extremamen­te interessan­te porque deixou de ser negativa ao que era há um ano, quando perdia para a inflação. A outra vantagem é a facilidade de investir qualquer valor, pois não existe mínimo”, explica Gilberto Braga, professor de Finanças do Ibmec e da Fundação D. Cabral.

Ainda de acordo com Braga, mesmo com os recursos do dia-a-dia, o valor pode ser atualizado. “O dinheiro que a pessoa investe e que permanece, por exemplo, em um prazo de 30 dias aplicado, ele pode render alguma coisa, ainda que o valor seja pequeno”.

A turismólog­a Edlainy Alves, 28 anos, diz que a caderneta sempre foi uma opção desde cedo. “Fui perceber como valia a pena quando viajei à Polônia e comecei a juntar dinheiro na poupança. Tive bom rendimento, que deu suporte nas despesas. Notei que compensa ter uma poupança, mas é um rendimento lento. Além disso, é forma segura de guardar dinheiro e não tenho nenhum desconto ou pagamento de taxas”, afirma.

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DIVULGAÇÃO Para Edlainy, a caderneta sempre foi opção para juntar dinheiro

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